As bolsas globais apresentam desempenho misto no início desta semana, com os investidores reagindo a novos desenvolvimentos econômicos. O Banco Central da China (PBoC) deu mais um passo em sua tentativa de alcançar a meta de crescimento de 5% do PIB, cortando as principais taxas de juros em 25 pontos-base no domingo à noite.
Apesar disso, ainda é incerto se essa ação será suficiente para animar os mercados, que permanecem cautelosos quanto à recuperação econômica do país.
Nos EUA, o clima é mais otimista entre os investidores, embora a semana seja relativamente tranquila em termos de novos fatores que possam impulsionar o mercado.
Com uma agenda econômica pouco movimentada, as atenções estarão voltadas para o Livro Bege do Fed e os resultados da Tesla, que serão divulgados na quarta-feira.
No Brasil, os destaques da semana incluem a divulgação do IPCA-15 de outubro na quinta-feira e o início da temporada de balanços corporativos, com os resultados de Vale (na quinta) e Usiminas (na sexta).
Além disso, antes de embarcar para a reunião do FMI e Banco Mundial em Washington, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontra com a direção da Bloomberg para um café da manhã, enquanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa do evento “Annual Trip Brazil-Chile”.
EUA
Os futuros dos principais índices americanos apresentam movimentos mistos no início da sessão desta segunda-feira (21), após o Dow Jones e o S&P 500 acumularem seis semanas consecutivas de valorização, a sequência mais longa de 2024.
Na última sexta-feira (18), ambos alcançaram novas máximas históricas, mas hoje apenas o Dow Jones Futuro registra alta.
O desempenho das ações continua fortemente atrelado aos resultados corporativos desta temporada de balanços.
Com cerca de 20% das empresas do S&P 500 programadas para divulgar seus resultados até o fim desta semana, os investidores seguirão atentos em busca de sinais adicionais sobre a solidez da economia americana.
No cenário corporativo, a Tesla Inc. enfrenta uma série de incertezas em torno de suas metas de produção e desafios regulatórios, especialmente após a recepção morna ao lançamento de seu aguardado Cybercab.
Isso gerou preocupações adicionais entre os investidores, que já estavam atentos à queda recente nas vendas de veículos.
A Boeing também se encontra sob pressão crescente, com seus acionistas preocupados sobre os atrasos constantes na produção, tensões financeiras e negociações trabalhistas complexas.
Os trabalhadores da empresa, que estão em greve, devem votar no próximo dia 23 de outubro para decidir sobre a ratificação de um novo contrato. O acordo, alcançado com o sindicato no fim de semana, prevê um aumento salarial de 35% distribuído ao longo de quatro anos.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: -0,04%
Nasdaq Futuro: -0,17%
Bolsas asiáticas
Nos mercados da Ásia-Pacífico, o fechamento foi misto, enquanto os investidores analisam o recente corte nas taxas de empréstimo da China. O banco central chinês reduziu as LPRs para prazos de um e cinco anos, agora em 3,1% e 3,6%, respectivamente.
Em termos de dados econômicos, o foco dos investidores está voltado para os números da inflação de outubro em Tóquio e as prévias do PIB do terceiro trimestre da Coreia do Sul.
Shanghai SE (China), +0,20%
Nikkei (Japão): -0,07%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,57%
Kospi (Coreia do Sul): +0,43%
ASX 200 (Austrália): +0,74%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados apresentam movimentos mistos, após o otimismo da semana passada com o anúncio do terceiro corte de juros do ano pelo Banco Central Europeu.
O BCE reduziu a taxa de depósito em 25 pontos-base, refletindo uma queda mais rápida do que o esperado nos riscos inflacionários na União Europeia.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,34%
DAX (Alemanha): -0,26%
CAC 40 (França): -0,28%
FTSE MIB (Itália): -0,05%
STOXX 600: 0,00%