
As bolsas internacionais operam sem direção única no pré-mercado desta quarta-feira (21), refletindo um cenário de baixa liquidez e agenda econômica esvaziada tanto no Brasil quanto no exterior.
Nos EUA e na Zona do Euro, o dia não traz indicadores relevantes, com exceção dos estoques de petróleo divulgados pelo Departamento de Energia (DoE) e um discurso do dirigente do Federal Reserve, Thomas Barkin.
No Brasil, a esperada participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em comissão da Câmara foi adiada para 11 de junho. O ministro falaria sobre isenção de Imposto de Renda e crédito consignado.
O adiamento ocorre na véspera da divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que trará detalhes das novas medidas fiscais — atualmente em fase final de formulação pela equipe econômica.
O clima de cautela também é alimentado por declarações do presidente Lula durante a Marcha dos Municípios em Brasília. Ele prometeu lançar ainda este ano três novas políticas públicas, incluindo um programa de crédito voltado à reforma de moradias, como complemento ao Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, a ideia é oferecer financiamentos com juros baixos para pequenas obras residenciais.
O ministro das Cidades, Jader Filho, também esteve presente e afirmou que ajustes estão sendo feitos no programa de reforma de moradias precárias, a pedido do presidente, e que aguarda uma reunião com ele para apresentar as propostas.
Enquanto isso, no mercado corporativo americano, investidores aguardam os balanços trimestrais de Best Buy, Target e Lowe’s, após a decepção com os resultados da Walmart divulgados na véspera.
EUA
Os índices futuros das bolsas norte-americanas recuam nesta quarta-feira (21), enquanto os rendimentos dos Treasuries sobem.
O mercado segue atento às tensas discussões sobre o orçamento dos EUA, especialmente diante da escalada dos gastos deficitários, que volta a preocupar investidores.
Além do cenário fiscal, os balanços corporativos ganham destaque, com o setor varejista no centro das atenções.
Antes da abertura dos mercados, TJX, Lowe’s e Target divulgam seus resultados, e investidores buscam pistas sobre estratégias de preços e os impactos iniciais das tarifas sobre o consumo.
Dow Jones Futuro: -0,65%
S&P 500 Futuro: -0,64%
Nasdaq Futuro: -0,71%
Bolsas asiáticas
Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em alta, mesmo com a leve queda de 0,23% do índice Nikkei 225, do Japão.
O recuo foi motivado pela desaceleração nas exportações japonesas pelo segundo mês seguido — reflexo das tarifas amplas implementadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Shanghai SE (China), +0,21%
Nikkei (Japão): -0,61%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,62%
Kospi (Coreia do Sul): +0,91%
ASX 200 (Austrália): +0,52%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados operam de forma mista nesta manhã, enquanto os investidores analisam os últimos indicadores econômicos da região.
No Reino Unido, a inflação ao consumidor (CPI) subiu 3,5% em abril, superando as expectativas de alta de 3,3% previstas por analistas consultados pela Reuters, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas.
STOXX 600: -0,21%
DAX (Alemanha): -0,07%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,08%
CAC 40 (França): -0,38%
FTSE MIB (Itália): +0,19%
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 11h30 – EUA: Estoques de petróleo do DoE
▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
▪️ 21h30 – Japão: PMI/S&P Global composto de maio (preliminar)
Eventos
▪️ 11h00 – Lula recebe Alcolumbre para apresentar a MP da reforma do setor elétrico
▪️ 13h00 – EUA: Thomas Barkin (Fed) participa de evento
▪️ 18h00 – Nilton David (BC) palestra em seminário da FGV
▪️ Canadá: Reunião dos ministros das Finanças do G7
Balanços
▪️ EUA: Target, Best Buy e Lowes