Pré-mercado

Café com BPM: bolsas mostram viés de baixa à espera do PIB dos EUA

A quinta-feira (25) começa com o mercado repercutindo notícias que saíram após o fechamento da véspera, especialmente nos balanços corporativos

Bolsas globais operam mistas (Foto: reprodução)
Bolsas globais operam mistas (Foto: reprodução)

As bolsas globais iniciam o pregão desta quinta-feira (25) demonstrando tendência de queda, em um movimento mistos. 

O dia promete ser movimentado, com os mercados já repercutindo os declínios de 15% da Meta e 8% da IBM no after hours em Nova York, além do balanço da Vale (que viu suas ADRs caírem 1,6%).

A quinta-feira (25) começa com o mercado repercutindo notícias que saíram após o fechamento da véspera, especialmente nos balanços corporativos.

Wall Street se prepara também para os resultados da Microsoft, Alphabet e Intel, programados para após o fechamento. 

Antes disso, a divulgação preliminar do PIB do primeiro trimestre nos EUA, às 9h30(horário de Brasília) poderá desencadear uma nova onda de volatilidade, embora grande parte das expectativas esteja voltada para o índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) amanhã.

Segundo economistas consultados pela LSEG, a expectativa é que o PIB registre um crescimento de 2,4%. 

Bolsas devem ser impactadas por expectativa econômicas norte-americanas

As bolsas devem ser movimentadas com os investidores demonstrando preocupação renovada quanto à manutenção das taxas de juros elevadas pelo Fed, refletindo-se na queda das bolsas e no aumento dos juros e do dólar. 

A divulgação da estimativa preliminar do PIB do primeiro trimestre nos EUA, pode colocar o mercado em uma encruzilhada.

Um dado fraco poderia abrir caminho para cortes nas taxas de juros, enquanto um dado forte diminuiria essa possibilidade, mas seria um indicativo positivo para os lucros das empresas americanas.

Na véspera, o mercado de ações foi impactado pelo aumento nos rendimentos dos Treasuries, após um crescimento de 2,6% nas encomendas de bens duráveis em março em relação a fevereiro, superando as expectativas de 2,0%.

Esse dado, que geralmente não tem grande impacto, teve peso significativo sobre o mercado.

Enquanto isso, no mercado domestico

Ocenário político apresenta melhorias, com a entrada de Lula nas negociações.

Lira se compromete a aprovar a regulamentação da reforma tributária até o recesso de julho, enquanto Pacheco prevê avanços no segundo semestre, apesar das eleições municipais.

No final da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanhado por Bernard Appy e Dario Durigan, compareceu ao Congresso para entregar o primeiro e mais crucial projeto da reforma tributária ao presidente da Câmara, Arthur Lira, expressando-lhe efusivos elogios.

“Entrego este projeto nas mãos de uma pessoa que até agora, desde a transição até hoje, tem demonstrado uma resolutividade, uma determinação em ajudar o País a encontrar seu caminho de desenvolvimento e de justiça social.”

Em contrapartida, recebeu de Lira a garantia de que a regulamentação da reforma tributária será aprovada na Câmara até o dia 15 ou 20 de julho.

EUA

Os índices futuros dos Estados Unidos iniciam o dia em queda nesta quinta-feira (25), após a divulgação dos últimos resultados trimestrais da Meta Platforms e IBM.

A ação da Meta despencou 15% no after hours após a gigante da mídia social emitir uma projeção fraca de receita para o segundo trimestre. Enquanto isso, a IBM caiu 8% depois de divulgar a receita do primeiro trimestre abaixo das expectativas.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,35%

S&P 500 Futuro: -0,51%

Nasdaq Futuro: -0,82%

Bolsas asiáticas

Nas bolsas asiáticas, não houve uma direção única nesta quinta-feira, com alguns realizando lucros após ganhos recentes e em clima de cautela antes do anúncio da política monetária do Banco do Japão (BoJ).

O índice japonês Nikkei liderou as perdas na Ásia, caindo 2,16% em Tóquio, para 37.628,48 pontos, enquanto os investidores aguardam a decisão de juros do BoJ, que será anunciada na virada de hoje para sexta-feira (26).

No mês passado, o BC japonês elevou os juros pela primeira vez em 17 anos, mas indicou que não teria pressa em apertar ainda mais sua política monetária.

Desde então, o iene vem renovando mínimas em mais de três décadas em relação ao dólar.

Shanghai SE (China), +0,27%

Nikkei (Japão): -2,16%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,48%

Kospi (Coreia do Sul): -1,76%

ASX 200 (Austrália): -0,01%

Bolsas europeias

As bolsas europeias, por sua vez, operam em sua maioria em baixa, com os investidores repercutindo os resultados corporativos.

Além disso, estão previstos a pesquisa de sentimento do consumidor da Alemanha e os dados do clima de negócios da França para abril.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,62%

DAX (Alemanha): -0,60%

CAC 40 (França): -0,56%

FTSE MIB (Itália): -0,03%

STOXX 600: -0,21%

Ibovespa: relebre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quarta-feira (24) com queda de 0,33%, aos 124.740,69 pontos. O dólar comercial subiu 0,34%, a R$ 5,14.

A sensação de amargor segue tomando conta do Ibovespa. O quadro é geral e atinge também o ânimo com as Bolsas no exterior. Mas a visão do mercado doméstico continua focada no Boletim Focus – do BC (Banco Central) – e em movimentações pelo lado corporativo.

Radar corporativo

No campo corporativo, o radar será tomado pelo resultado de grandes empresas de tecnologia como Microsoft, Alphabet e Intel, que divulgarão seus resultados após o fechamento do mercado.

Vale (VALE3) reportou um lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 1,679 bilhão, no primeiro trimestre de 2024, representando uma queda de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou US$ 1,837 bilhão.

Além disso, as ações da Meta, dona do Facebook, despencaram no pós-mercado depois de a companhia projetar receitas menores na divulgação do seu balanço.

Agenda do dia

Na agenda desta quinta-feira (25), Roberto Campos Neto, presidente do BC, está previsto para participar da abertura do G20 TechSprint 2024, promovido pelo Bank for International Settlements (BIS) e pelo Banco Central do Brasil.

Ainda no Braisl, às 10h (horário de Brasília), o Secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, detalha o PLP que regulamenta a Reforma Tributária.

No inicio da tarde teremos a divulgação do Fluxo cambial semanal.

Destaque na agenda internacional, a primeira leitura do PIB no 1º trimestre está programada para às 9h30 (horário de Brasília).

Junto com o PIB, o Departamento do Comércio dos EUA divulgará o índice de preços de gastos com consumo (PCE) do período.

No mesmo horário serão divulgados os pedidos de auxílio-desemprego, com previsão de alta para 215 mil (de 212 mil na semana anterior). Às 11h, serão divulgadas as vendas pendentes de imóveis em março, com projeção de queda de 0,3%, após um aumento de 1,6% em fevereiro.

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