Café com BPM: bolsas operam em alta com impasse China-EUA

As bolsas globais apresentam movimentos positivos nesta segunda-feira (9). O desempenho ocorre após um final de semana de protestos em Los Angeles, com manifestantes ateando fogo em veículos em protesto contra a política de imigração — a nova crise de Donald Trump, que ainda tem pela frente, hoje, uma reunião entre representantes americanos e chineses, em Londres.

Além disso, ainda nos EUA, entre os pontos de atenção está o interesse do governo norte-americano em minerais raros e as restrições de Washington em relação à venda de softwares chineses. Ainda não há garantia de acordos para as questões envolvendo a China.

No Brasil, investidores devem repercutir, durante o pré-mercado, as medidas apresentadas na véspera pelo Ministério da Fazenda aos líderes do Congresso, que devem ser bem recebidas pelo mercado financeiro. As medidas tratam da revisão do decreto do IOF e da previsão de propostas estruturais.

EUA

Em Wall Street, o noticiário local aponta que o controle dos minerais raros deve ser o principal foco das negociações em Londres neste pregão.

A expectativa é que Trump pressione Pequim a acelerar as exportações de terras raras e ímãs, conforme acordado em Genebra, enquanto os chineses devem solicitar o fim das restrições impostas por Washington à venda de motores a jato, softwares e outros produtos tecnológicos.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,07%

S&P 500 Futuro: +0,07%

Nasdaq Futuro: -0,01%

Bolsas asiáticas

A China inicia a semana com a divulgação dos dados da balança comercial de maio, que confirmaram a desaceleração das exportações e a queda das importações, em meio ao impasse tarifário.

Além disso, o conflito entre o país asiático e os EUA segue no radar do mercado, sem perspectiva de encerramento. Um novo fator de tensão foi adicionado: a disputa pelas chamadas terras raras. A China produz mais de 70% desse grupo de elementos químicos, que são difíceis de extrair e possuem enorme importância para o setor de tecnologia.

Shanghai SE (China): +0,43%

Nikkei (Japão): +0,88%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,63%

Kospi (Coreia do Sul): +1,55%

ASX 200 (Austrália): -0,27%

Bolsas europeias

O movimento das bolsas europeias reflete a esperança de avanços nas negociações EUA‑China, combinada com dados econômicos positivos nos EUA, medidas de estímulo pelo BCE (Banco Central da Europa) e um ambiente global mais favorável.

STOXX 600: -0,10%

DAX (Alemanha): -0,42%

FTSE 100 (Reino Unido): -0,12%

CAC 40 (França): -0,11%

FTSE MIB (Itália): -0,17%

Ibovespa: relembre a véspera

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (6) com queda de 0,07%, aos 136.139,77 pontos. O dólar comercial caiu 0,34%, está a R$ 5,57.

O declínio da Ibovespa foi menor que na quinta-feira, que atingiu 0,56%, e foi fortemente marcado pela piora nas ações dos bancos. Segundo o Valor Investe, às 15h o principal índice da Ibovespa caiu 0,3%. Na mesma hora, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) recuavam 1,17%. Papéis do Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC3 e BBDC4) também declinaram.