
As bolsas globais apresentam movimentos positivos nesta quarta-feira (11), à medida que o mercado repercute o anúncio feito na véspera pelas delegações dos EUA e da China sobre um acordo para resolver o impasse em torno das terras raras.
A informação foi confirmada na noite de terça-feira (10) pelos negociadores dos dois países, que levarão as propostas aos seus líderes.
Em relação à agenda de indicadores no exterior, o destaque é a inflação norte-americana, medida pelo CPI, que deve acelerar em maio.
EUA
Na véspera, as delegações dos EUA e da China anunciaram, na noite de terça-feira (10), um acordo para resolver o impasse sobre terras raras — com destaque para o forte interesse de Washington na reaproximação com Pequim.
Os índices futuros são norteados pela espera de mais detalhes sobre o acordo preliminar costurado em Londres entre as duas potências. As notícias foram recebidas sem grande entusiasmo nos pregões asiáticos e com os futuros de NY em pequenas quedas.
Em sua declaração, o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, confirmou um acordo para implementar uma estrutura que pode resolver a questão do envio de terras raras e ímãs da China para empresas dos EUA.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,20%
S&P 500 Futuro: -0,16%
Nasdaq Futuro: -0,18%
Bolsas asiáticas
Os investidores chineses também aguardam mais detalhes sobre o acordo com os EUA. O principal ponto de questionamento é o restabelecimento da confiança entre Trump e Xi, apesar de ser observada a influência valiosa da China sobre as exportações de terras raras para extrair concessões dos EUA.
Pequim havia imposto uma série de controles de exportação sobre esses produtos após a aplicação de tarifas recíprocas. A ausência de terras raras afeta diversas cadeias de produção mundiais, e o prolongamento do problema pode impactar a economia global.
Shanghai SE (China): +0,52%
Nikkei (Japão): +0,49%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,84%
Kospi (Coreia do Sul): +1,23%
ASX 200 (Austrália): -0,06%
Bolsas europeias
O mercado europeu segue aguardando os dados de inflação nos EUA, que podem impactar a política monetária global, já que uma surpresa nos números pode gerar volatilidade em todas as bolsas.
Com os EUA ainda no radar, a possível trégua entre o governo norte-americano e a China também recebe atenção.
STOXX 600: +0,03%
DAX (Alemanha): +0,05%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,06%
CAC 40 (França): +0,23%
FTSE MIB (Itália): +0,16%
Ibovespa: relembre a véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (10) com alta de 0,54%, aos 136.436,07 pontos. O dólar comercial subiu 0,13%, a R$ 5,56.
O Ibovespa tem respeitado a região dos 135 mil pontos, na perspectiva de economistas, por dois motivos principais. “Temos cerca de 25 empresas que representam aproximadamente 75% do peso no índice e, neste momento, há uma espécie de ‘gangorra’: as empresas de commodities pressionam o índice para baixo, enquanto o setor bancário o puxa para cima”, disse Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital.
Com isso, por conta do peso e da relevância dessas empresas, é possível observar um mercado lateralizado nessa faixa de preço.
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 09h00 – IBGE: Pesquisa Industrial Mensal Regional de abril
▪️ 09h30 – EUA/Deptº do Trabalho: Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de maio
▪️ 11h30 – EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 6/6
▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
▪️ 17h00 – Secretaria de Política Econômica da Fazenda divulga estudo sobre impactos da reforma do Imposto de Renda
Eventos
▪️ 08h30 – Galípolo e Hugo Motta participam do Simpósio Liberdade Econômica, em Brasília
▪️ 10h00 – Haddad participa de audiência pública das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara
▪️ 11h00 – EUA: Secretário do Tesouro, Scott Bessent, testemunha na Câmara dos Representantes
▪️ 16h30 – EUA: Bessent testemunha no Comitê de Apropriações do Senado sobre orçamento fiscal