
As bolsas globais operam em sentidos mistos na manhã desta terça-feira (22), com o mercado atento ao discurso do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, durante evento em Washington. Powell tem enfrentado duras críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, principalmente por suas decisões de manter as taxas de juros estáveis até o momento em 2025.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, chegou a se posicionar sobre o cenário. Na véspera ele afirmou que deveria haver uma revisão das “operações não relacionadas à política monetária” do Banco Central, incluindo a reforma de sua sede em Washington.
Na segunda-feira (21), o S&P 500 e o Nasdaq bateram novos recordes, mesmo com a União Europeia se preparando para um cenário sem acordo com os EUA antes do prazo final de 1º de agosto do presidente Trump para fechar acordos comerciais.
EUA
Além do cenário politico nos EUA, os índices futuros também são guiados no compasso da temporada de balanços. Philip Morris International, Coca-Cola e Lockheed Martin estão entre as empresas que divulgam seus resultados financeiros nesta terça-feira. Wall Street também aguarda com expectativa os resultados do segundo trimestre de gigantes da tecnologia, como Alphabet e Tesla, que serão divulgados amanhã (23)
Cotação de índices futuros:
Dow Jones Futuro: -0,01%
S&P 500 Futuro: -0,07%
Nasdaq Futuro: -0,19%
Bolsas asiáticas
As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida, com destaque para o mercado japonês, que reabriu em alta após o feriado, mesmo em meio a perda da maioria da coalizão governista na câmara alta nas eleições do fim de semana.
Além disso, o cenário dos EUA também está sendo acompanhado de perto pelos investidores.
Shanghai SE (China), +0,62%
Nikkei (Japão): -0,11%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,40%
Nifty 50 (Índia): -0,21%
ASX 200 (Austrália): +0,10%
Europa
As bolsas europeias operam em alerta desde que Donald Trump, anunciou no início de julho a imposição de uma tarifa de 30% sobre produtos importados da União Europeia, com vigência a partir de 1º de agosto. A expectativa de Bruxelas é concluir um acordo comercial antes desse prazo, mas as negociações seguem indefinidas. Autoridades do bloco já estudam adotar medidas retaliatórias caso não haja consenso.
STOXX 600: -0,58%
DAX (Alemanha): -0,97%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,00%
CAC 40 (França): -0,75%
FTSE MIB (Itália): -0,15%
Ibovespa: relembre a véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (21) com alta de 0,59%, aos 134.166,72 pontos. O dólar comercial desceu 0,41 %, a R$ 5,56.
Os olhos dos investidores passaram o dia focados nas novidades sobre negociações entre Brasil e EUA. Os negócios começaram a se animar após Fernando Haddad, ministro da Fazenda,descartar a retaliação das tarifas.
Haddad explicou que o plano avalia cuidadosamente as possíveis medidas para evitar decisões que prejudiquem mais o Brasil do que os próprios EUA. Segundo ele, algumas tarifas, como a sobre o suco de laranja, são ineficazes e acabam prejudicando consumidores americanos e produtores brasileiros.
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 10h30 – BC faz leilão de linha de até US$ 600 mi, para rolagem do vencimento de 4/8
▪️ Fazenda/Planejamento: Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (3º bi)
Eventos
▪️ 06h15 – Reino Unido/BoE: Andrew Bailey testemunha no Comitê do Tesouro
▪️ 09h30 – EUA/Fed: Jerome Powell faz discurso de boas-vindas em conferência sobre regulação bancária
▪️ 10h00 – Reino Unido: Ministra das Finanças do Rachel Reeves participa de audiência na Câmara dos Lordes
▪️ 14h00 – EUA/Fed: Michelle Bowman participa de almoço e modera painel em conferência
▪️ 14h00 – Zona do euro/BCE: Christine Lagarde tem jantar informal com a presidente do Banco Europeu de Investimento, Nadia Calviño
▪️ 17h30 – Galípolo tem reunião com José Antonio Batista Costa, presidente do Conselho do PicPay
Balanços
▪️ EUA/antes da abertura: General Motors e Coca-Cola
▪️ Brasil/ após o fechamento: Neoenergia