Café com BPM: bolsas oscilam com receios sobre Ômicron e ata do Fomc

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (7) em alta, se afastando das bolsas internacionais e repetindo o avanço do dia anterior. Contudo, mesmo com a elevação, o índice fechou a semana acumulando uma queda de 2%, após ter recuado entre segunda e quarta-feira.

Na sessão desta segunda-feira (10) indicadores domésticos serão divulgados, como os dados referentes à inflação. Além disso, o destaque também está para a fala do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que nenhum ajuste salarial está garantido, ao ser questionado sobre a aprovação da elevação do salário de policiais e as greves de servidores.

Nesta manhã, mesmo com a rápida propagação da variante Ômicron da Covid-19, os mercados internacionais estão atentos ao tom mais Hawk (rígido, sinalizando aumento dos juros para conter inflação) do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que foi exposto na ata da sua última reunião.

Os índices futuros norte-americanos operam sem direção definida no início desta sessão, após uma semana marcada pela divulgação das minutas do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed. A organização irá reduzir a sua compra de títulos e o auxílio econômico mais rápido do que o esperado, além de elevar os juros.

Os três principais índices dos EUA registraram quedas na primeira semana de 2022. Na sexta-feira, o Nasdaq caiu 0,9%, o Dow perdeu 4,81 pontos e o S&P contraiu 0,4%.

Em contrapartida, o rendimento dos títulos do Tesouro estadunidense vem apresentando alta e já chegou à marca de 1,8% na última sessão. Essa elevação afeta, principalmente, companhias de rápido crescimento, já que diminui a atratividade relacionada aos ganhos com o mercado acionário e tende a tornar os empréstimos mais caros.