Foto: Ibovespa/CanvaPro
Foto: Ibovespa/CanvaPro

As bolsas globais  começam o dia em alta ainda impactadas pela ata do FED (Federal Reserve). No Brasil, os investidores repercutem o documento e monitoram os desdobramentos da política monetária, enquanto acompanham indicadores locais e o cenário político.

No ambiente doméstico, o foco está nos dados de vendas no varejo de outubro, que ajudam a calibrar expectativas para a atividade econômica no fim do ano. Lá fora, o destaque da agenda é o resultado da balança comercial dos Estados Unidos, referente a setembro.

Copom mantém Selic em 15% e deixa janeiro em aberto

O Copom manteve a Selic em 15% ao ano, como previsto. A comunicação trouxe ajustes discretos, mas suficientes para indicar que a decisão de janeiro seguirá em aberto. O Banco Central reforçou que dependerá dos próximos dados de inflação, atividade e expectativas.

EUA

A ata do Fed reforçou a leitura de que o ciclo de cortes nos EUA pode avançar de forma mais lenta. A autoridade reduziu os juros em 0,25 ponto, para 3,50% a 3,75%, no terceiro corte de 2025. O presidente Jerome Powell afirmou que novos ajustes dependerão do desempenho da economia, mas afastou o risco de altas adicionais, o que agradou os mercados globais.

Nos Estados Unidos, os futuros em Nova York recuam após o mercado reagir ao balanço da Oracle, que reacendeu dúvidas sobre a sustentabilidade do ciclo de investimentos em IA. A receita do trimestre subiu para US$ 16,06 bilhões, abaixo da expectativa de US$ 16,2 bilhões.

Coração de índices futuros:

  • S&P 500 futuro: -0,56%
  • Nasdaq futuro: -0,77%
  • Dow Jones: -0,16%

Bolsas da Ásia

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira (11), ainda influenciadas pela ata do Fed e pela correção no setor de tecnologia. A forte queda da Oracle no after market — mais de 11% após receita abaixo do esperado — pressionou empresas ligadas à temática de IA na região, como a SoftBank, que recuou 7,7% e puxou o Nikkei para queda de 0,9%. Em Hong Kong, o Hang Seng terminou estável após a autoridade monetária reduzir custos de empréstimo, enquanto os índices de Xangai e Shenzhen recuaram diante da cautela com os novos dados de crédito da China.

Na Oceania e no restante da Ásia, o movimento também foi misto. O S&P/ASX 200 subiu 0,2% apoiado por mineradoras, enquanto o Kospi caiu 0,6% com recuo de 3,8% da SK Hynix. Taiwan fechou em queda de 1,3%, e o Sensex da Índia avançou 0,4%. No mercado de commodities, o petróleo WTI recuava para US$ 58,15 e o Brent para US$ 61,87. O dólar avançava levemente ante o iene e cedia frente ao euro, acompanhando o ajuste global após a decisão do Fed.

Bolsas da Europa

As bolsas europeias operam de forma mista, buscando recuperação após a abertura em queda, em linha com o alívio nos futuros de Nova York. O mercado segue avaliando a ata do Fed e o impacto do balanço da Oracle, que reacendeu preocupações sobre os elevados gastos em inteligência artificial. Nesta manhã, o Stoxx 600 subia 0,18%, enquanto Frankfurt recuava 0,01%. Londres avançava 0,08% e Paris tinha alta de 0,34%. Em Zurique, o SMI virava para alta após o BC suíço manter os juros em 0% e indicar espaço para novos cortes.

Entre as ações, SAP e Symrise caíam mais de 2% em Frankfurt. Em Madri, a Naturgy desabava 5,4% após a BlackRock reduzir participação. Já em Londres, a Fresnillo subia 0,8% com a alta dos contratos de prata. O ambiente permanece cauteloso, com investidores monitorando a política monetária global e dados econômicos europeus.