Café com BPM: bolsas recuam com Oriente Médio no radar

As bolsas globais apresentam movimentos negativos nesta terça-feira (17), com tensões que ainda se mantêm entre Israel e Irã, diante de alertas de evacuação em Teerã. Esse aumento das tensões gera temor de impacto no fornecimento de petróleo e na estabilidade da região.

Há ameaças à segurança na principal rota marítima do petróleo mundial. O custo dos fretes disparou, afetando o comércio global. O cenário acaba repercutindo em uma possível pressão inflacionária, além de gerar receios com cadeias logísticas e aumento dos custos de energia e transporte.

EUA

Os índices futuros norte-americanos operam em queda, à medida que investidores seguem criando expectativas em relação à decisão do Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, sobre os juros do país. A dúvida é se o banco sinalizará cortes ainda em 2025, em meio aos dados de inflação que vieram mistos na semana passada.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,56%

S&P 500 Futuro: -0,61%

Nasdaq Futuro: -0,67%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas operam no negativo. O BoJ (Banco Central do Japão) anunciou a redução na compra de títulos, um passo que demonstra cautela na retirada de estímulos. A decisão afetou o iene e influenciou o mercado local.

Shanghai SE (China): -0,04%

Nikkei (Japão): +0,67%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,34%

Kospi (Coreia do Sul): +0,12%

ASX 200 (Austrália): -0,08%

Bolsas europeias

Na Europa, as bolsas recuaram, sob as expectativas da reunião do BoE (Banco da Inglaterra) nesta semana. Apesar da perspectiva de manutenção dos juros, investidores buscam sinais sobre possíveis cortes futuros.

STOXX 600: -0,90%

DAX (Alemanha): -1,16%

FTSE 100 (Reino Unido): -0,46%

CAC 40 (França): -1,00%

FTSE MIB (Itália): -1,47%

Ibovespa: relembre a véspera

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (16) com alta de 1,49%, aos 139.258,34 pontos. O dólar comercial desceu 1,03%, a R$ 5,48

O primeiro pregão da semana foi marcado pela repercussão do IBC-Br, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), em abril. O resultado apontou um crescimento econômico acima do esperado, apesar da desaceleração de março. A expectativa é que o Banco Central (BC) não precise aumentar os juros.

Às vésperas do Comitê de Política Monetária (Copom), os juros futuros seguem pressionados pela possivel elevação da Selic, apesar de que uma boa parte do mercado espera a manutenção da taxa.