Pré-mercado

Café com BPM: bolsas sobem na volta de feriado nos EUA

No Brasil, o destaque do dia é o IPCA-15 de maio, previsto para as 9h

Foto: Freepik
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Após o feriado do Memorial Day em Nova York, as bolsas globais operam em alta no pré-mercado desta terça-feira (27). O otimismo dos investidores é impulsionado pela decisão do presidente Donald Trump de postergar para 9 de julho o aumento das tarifas sobre produtos oriundos da União Europeia, que passariam para 50%.

No cenário internacional, a agenda de indicadores segue enxuta, trazendo apenas o índice de sentimento econômico da Zona do Euro e o índice de confiança do consumidor divulgado pela Conference Board nos Estados Unidos.

No Brasil, o destaque do dia é o IPCA-15 de maio, previsto para as 9h, que inaugura uma semana cheia de dados relevantes, incluindo estatísticas de emprego e o PIB.

Esses indicadores poderão ser determinantes para consolidar as expectativas de encerramento do ciclo de alta da Selic, especialmente após os recentes ajustes no IOF.

No campo político, o anúncio das medidas fiscais continua gerando desconforto entre os agentes de mercado, tanto pelo conteúdo quanto pela forma de comunicação. Além disso, as decisões intensificaram o atrito entre o Executivo e o Congresso, que reagiu com forte descontentamento.

EUA

Os contratos futuros das bolsas americanas avançam nesta terça-feira (27), dando continuidade ao movimento positivo iniciado no pregão anterior.

O impulso vem após o ex-presidente Donald Trump anunciar, durante o fim de semana prolongado pelo feriado do Memorial Day, que concordou em postergar a imposição de tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia.

A medida, originalmente prevista para entrar em vigor no dia 1º de junho, foi adiada para 9 de julho, após solicitação da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O mercado à vista dos EUA reabre hoje, retomando as negociações após o feriado nacional.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +1,30%

S&P 500 Futuro: +1,50%

Nasdaq Futuro: +1,69% 

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, as bolsas encerraram o dia com desempenhos variados, refletindo a cautela dos investidores frente à incerteza sobre os desdobramentos da política comercial americana.

No Japão, os juros dos títulos públicos de 20 anos recuaram até 21 pontos-base, após a Bloomberg divulgar que o Ministério das Finanças consultou o mercado sobre o volume ideal de emissão de dívida pública.

Shanghai SE (China), -0,18%

Nikkei (Japão): +0,51%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,43%

Kospi (Coreia do Sul): -0,27%

ASX 200 (Austrália): +0,56%

Bolsas europeias

Na Europa, os principais índices operam em território positivo. O destaque vai para o DAX, da Alemanha, que renovou sua máxima histórica em meio ao alívio das tensões comerciais entre Washington e Bruxelas.

Apesar disso, a confiança dos consumidores ainda mostra sinais de fragilidade: dados do instituto GfK revelam uma leve melhora no clima de consumo em maio, mas o ambiente de incerteza em relação às tarifas americanas ainda impacta o apetite por gastos das famílias alemãs.

STOXX 600: +0,46%

DAX (Alemanha): +0,44%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,92%

CAC 40 (França): +0,14%

FTSE MIB (Itália): +0,51% 

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última segunda-feira (26) com alta de 0,23% aos 138.136. O dólar comercial subiu 0,52%, a R$ 5,67.

Em um pregão mais volátil, o Ibovespa conseguiu se manter no patamar positivo, mesmo não contando com os índices de Wall Street, que estiveram fechados devido ao feriado do Memorial Day.

Radar corporativo

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (26), a Petrobras (PETR4) informou que está avaliando uma potencial emissão de debêntures incentivadas no valor de até R$ 3 bilhões.

A operação ainda está em fase de discussão, conforme o documento, e depende das aprovações internas previstas no Estatuto Social da companhia. No entanto, a Petrobras não forneceu prazos ou detalhes adicionais sobre as condições da possível emissão.

Além disso, a XP Investimentos revisou suas estimativas para a Cury (CURY3) após os resultados do primeiro trimestre de 2025 e elevou o preço-alvo das ações da construtora de R$ 28 para R$ 37 — o que representa um potencial de valorização de 26% em relação à cotação atual. Além disso, a corretora destacou a empresa como sua principal recomendação no setor.

Agenda do dia

Indicadores

▪️ 05h00 – Fipe: Prévia do IPC de março

▪️ 06h00 – Zona do euro: Índice de sentimento econômico em maio

▪️ 09h00 – IBGE: IPCA-15 de maio

▪️ 09h30 – EUA: Encomendas de bens duráveis em abril

▪️ 11h00 – EUA/Conference Board: Confiança do consumidor em maio

Eventos

▪️ 21h00 – John Williams (Fed) participa de conversa em evento do BoJ

▪️ 05h00 – Neel Kashkari (Fed) participa de conversa em painel do BoJ

▪️ 08h30 – Galípolo recebe líderes do Senado para café da manhã

▪️ 09h30 – Comissão Especial do IR recebe para audiência pública o secretário especial da Receita, Robinson Barreirinhas

▪️ 10h30 – BC faz leilão de linha de até US$ 1 bilhão

▪️ 14h00 – Comissão de Finanças e Tributação da Câmara recebe o secretário do Tesouro, Rogério Ceron

▪️ 18h30 – Galípolo participa da abertura de exposição promovida pelo TCU em Brasília