Pré-mercado

Café com BPM: bolsas sobem à espera da ata do Fed

Os mercados já consideram um corte de juros pelo Banco Central dos EUA em setembro

Fotos: Canva
Fotos: Canva

As bolsas globais mostram uma performance mista nesta quarta-feira (21), enquanto os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve) e as revisões dos dados do mercado de trabalho americano, na esperança de obter mais clareza sobre possíveis cortes nas taxas de juros.

Se a revisão anual das folhas de pagamento, conduzida pelo Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS), revelar sinais de fraqueza, isso pode intensificar as expectativas de cortes mais agressivos nos juros por parte do Fed, reavivando preocupações sobre o mercado, semelhantes às que surgiram após o relatório fraco de folhas de pagamento no início de agosto.

Tanto o Goldman Sachs quanto o Wells Fargo projetam que as revisões preliminares indicarão um crescimento das folhas de pagamento até março significativamente menor do que o estimado atualmente, possivelmente em torno de 600 mil empregos a menos.

EUA

Os mercados já consideram um corte de juros pelo Banco Central dos EUA em setembro, mas a incerteza gira em torno do tamanho desse corte: 25 ou 50 pontos-base.

De acordo com a ferramenta FedWatch da CME, a probabilidade de um corte de 25 pontos é de 67,5%, enquanto a de um corte de 50 pontos é de 32,5%.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,08%

S&P 500 Futuro: +0,03%

Nasdaq Futuro: -0,02%

Bolsas asiáticas

Os mercados asiáticos encerraram a sessão majoritariamente em baixa, refletindo a pausa nos ganhos dos principais índices americanos, S&P 500 e Nasdaq, após uma sequência positiva de oito dias.

No cenário econômico, as exportações japonesas registraram um aumento de 10,3% em comparação ao ano anterior, enquanto as importações cresceram 16,6%.

As previsões dos economistas consultados pela Reuters apontavam para um crescimento de 11,4% nas exportações e 14,9% nas importações.

Com as exportações ficando aquém do esperado e as importações superando as projeções, o Japão registrou um déficit comercial de 621,84 bilhões de ienes (US$ 4,28 bilhões), superior ao déficit de 330,7 bilhões de ienes previsto.

Shanghai SE (China), -0,35%

Nikkei (Japão): -0,29%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,69%

Kospi (Coreia do Sul): +0,17%

ASX 200 (Austrália): +0,16%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam em leve alta, tentando se recuperar cautelosamente após a interrupção de uma sequência de ganhos, com as atenções voltadas para a divulgação da ata do Fed nos EUA.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,05%

DAX (Alemanha): +0,26%

CAC 40 (França): +0,32%

FTSE MIB (Itália): +0,27%

STOXX 600: +0,17%]

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última terça-feira (20) com alta de 0,23%, aos 136.087,41 pontos, seu melhor recorde histórico. O dólar comercial subiu 1,35%, a R$ 5,48.

O Ibovespa conseguiu descolar dos índice de mercados globais e manteve os ganhos da sessão da véspera, avançando a níveis nunca conquistados na história da Bolsa brasileira.

A agenda do mercado foi mais esvaziada, sendo assim, o índice se ancorou em ações de peso e nas expectativas para a política monetária interna e externa.

Radar corporativo

As ações do Bank of America (BOAC34) fecharam com queda de 1,28% nesta terça-feira (20), sendo negociadas a R$ 53,10. A contração veio após a notícia de que a Berkshire Hathaway (BERK34), holding do megainvestidor Warren Buffett, se desfez de parte das ações.

Além disso, os papéis da Braskem (BRKM5) fecharam nesta terça-feira (20) com alta de 3,15%, negociados a R$ 17,71 na Bolsa de Valores brasileira.

Agenda do dia

Indicadores
▪️ EUA: Revisão dos dados do mercado de trabalho em 12 meses até março
▪️ 11h30 – EUA: Estoques de petróleo do DoE
▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
▪️ 15h00 – EUA: Ata do Fed
▪️ 21h30 – Japão: PM/S&P Global composto preliminar de agosto
▪️ 22h00 – Coreia do Sul: BC decide juro

Eventos
▪️ 17h00 – Lula vai à posse do ministro Antônio Fabrício de Matos Gonçalves (TST)

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile