Pré-mercado

Café com BPM: bolsas sobem após BoJ descartar alta de juros

O vice-governador do Boj descartou aumentos de juros enquanto os mercados estiverem instáveis, o que pode beneficiar o real 

Foto: pexels
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As bolsas globais apresentam desempenhos positivos no pré-mercado desta quarta-feira (7), após o vice-governador do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, descartou aumentos de juros enquanto os mercados estiverem instáveis, o que é desfavorável para o iene, mas pode beneficiar o real. 

Na última segunda-feira (5), os mercados globais sofreram uma queda significativa após o BoJ aumentar as taxas de juros, encerrando o popular carry trade, no qual investidores pegam empréstimos baratos em ienes e investem em ativos de maior rendimento, como ações de grandes empresas de tecnologia nos EUA.

A temporada de resultados corporativos segue intensa, com a Disney e CVS Health divulgando seus relatórios antes da abertura do mercado. Também são esperados os resultados de Shopify e Novo Nordisk.

EUA

Durante o after hours, as ações da Super Micro Computer caíram mais de 13% após a empresa de servidores divulgar lucros do quarto trimestre abaixo das expectativas dos analistas.

Já a Airbnb sofreu uma queda de 16% após apresentar resultados decepcionantes para o segundo trimestre.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,79%

S&P 500 Futuro: +1,08%

Nasdaq Futuro: +1,35%

Bolsas asiáticas

Os mercados asiáticos encerraram em alta pela segunda sessão consecutiva, seguindo a queda global de segunda-feira, após o Banco do Japão anunciar que não elevará as taxas de juros enquanto os mercados financeiros estiverem instáveis.

Shanghai SE (China), +0,09%

Nikkei (Japão): +1,19%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,38%

Kospi (Coreia do Sul): +1,83%

ASX 200 (Austrália): +0,25%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam em alta, à medida que os investidores globais tentam se recuperar das perdas sofridas no início da semana.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,87%

DAX (Alemanha): +1,30%

CAC 40 (França): +1,59%

FTSE MIB (Itália): +1,81%

STOXX 600: +1,27%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (06) com alta de alta de 0,80%, aos 126.266,70 pontos. O dólar comercial caiu 1,48%, a R$ 5,65.

Após o pânico geral que tomou conta do mercado financeiro na véspera, as Bolsas globais ensaiam uma recuperação.

O temor de recessão nos EUA recuou brevemente com os dados de serviços do país. No Brasil, a Ata do Copom também serviu de base para as negociações no Ibovespa.

Radar corporativo

GPA (PCAR3) reportou um prejuízo de R$ 332 milhões no segundo trimestre de 2024, correspondendo a uma redução de 21,9% em relação às perdas de R$ 425 milhões apresentadas no mesmo período em 2023.

Além disso, o Itaú (ITUB4) reportou lucro recorrente gerencial de R$ 10,1 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2TRI24). O valor corresponder a alta de 15,2% maior na base comparativa anual.

O resultado ficou praticamente em linha com o esperado, pois o consenso LSEG estimava um lucro líquido de R$ 10 bilhões.

Agenda do dia

A agenda de eventos é fraca hoje tanto nos EUA quanto na zona do euro. No entanto, a alta das importações na China em julho, divulgada nesta madrugada, já sugere uma abertura positiva para as commodities. 

No Brasil, a alta do minério de ferro deve pressionar o IGP-DI de julho, que pode acelerar para 0,68% na mediana do Broadcast, com o acumulado em 12 meses subindo para 4,0%. 

Isso ocorre em meio a um tom mais hawkish da ata do Copom, que deixou claro a intenção de aumentar a Selic se o risco cambial não for controlado.

Confira abaixo a agenda de hoje

Indicadores
▪️ 08h00 – FGV: IGP-DI de julho
▪️ 09h00 – BC: Captação da poupança de julho
▪️ 10h00 – Anfavea: Produção de veículos de julho
▪️ 11h30 – EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 2/8
▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
▪️ 16h00 – EUA/Fed: Crédito ao Consumidor de junho
▪️ 20h50 – Japão: BoJ divulga seu sumário de opiniões

Balanços
▪️ NY/manhã: Banco Inter e Walt Disney
▪️ B3/noite: Banco do Brasil, Braskem, C&A, Casas Bahia, Cogna, Copel, CVC, Dexco, Eletrobras, Energisa, Engie, Minerva, Oi, Qualicorp, Santos Brasil, Tenda, Totvs e Ultrapar