As bolsas operam em ritmo de alta na manhã desta sexta-feira (26), com seus respectivos impulsionamentos.
Enquanto nos EUA e no mercado europeu os índices foram impulsionados pelos resultados positivos das big techs divulgados na véspera; na ásia, o motivo de ganhos e tom otimista dos investidores foi a notícia de que a autoridade monetária local decidiu manter a atual taxa de juros.
Bolsas monitoram dados de inflação no Brasil e nos EUA
Nas bolsas dos EUA, a preocupação com a significativa alta da inflação no primeiro trimestre aumentou a expectativa em torno do PCE de março.
Com divulgação prevista para às 9h30 (horário de Brasília), o dado tem um alto potencial de volatilidade, sendo considerado crucial para orientar a política do Fed.
Os dados renovaram a expectativa de uma postura mais cautelosa por parte do Fomc, que se reunirá na próxima quarta-feira, 1º de maio, resultando em uma nova queda nas ações e um aumento nas taxas dos Treasuries. A curva de juros agora indica apenas um corte de 25 pontos-base neste ano (20%).
Por outro lado, o desempenho aquém do esperado da atividade econômica e a inflação acima das expectativas causaram grande preocupação em Nova York, levantando a inevitável comparação de que a economia americana pode estar caminhando para uma situação de estagflação, em contraste com a suave aterragem prevista pelo Fed.
Antes da divulgação do PCE nos EUA, aqui no Brasil o IBGE divulgará o IPCA-15 de abril às 9h(horário de Brasília), que deve desacelerar para 0,29%, de acordo com a mediana das estimativas coletadas pelo Broadcast, ante 0,36% em março.
As projeções variam de 0,16% a 0,38%. Quanto à inflação em 12 meses, a mediana das projeções indica uma desaceleração de 4,14% em março para 3,85% em abril.
Ao BP Money, especialistas afirmaram que espera desaceleração do índice, no entanto, o “segredo está nos detalhes”, destacando atenção para o custo dos serviços, já que tem impacto direto sobre a expectativa de juros do país.
EUA
Nas bolsas de Wall Street, os índices futuros dos EUA operam em alta após os resultados das grandes empresas de tecnologia e antes da divulgação dos dados de inflação de março.
As ações da Alphabet dispararam 11% no after hours, após apresentar lucros melhores do que o esperado no primeiro trimestre.
Além disso, a empresa anunciou seu primeiro dividendo e uma recompra de ações no valor de US$ 70 bilhões.
Os investidores estão reagindo aos balanços da Alphabet, que teve um salto de 11% no after hours, da Microsoft (+4,4%) e da Intel, que sofreu uma queda de 7,75%.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,15%
S&P 500 Futuro: +0,69%
Nasdaq Futuro: +0,96%
Bolsas asiáticas
Nas bolsas asiáticas, a maioria fechou em alta, especialmente após o Banco do Japão manter sua taxa de juros básica em 0%-0,1%, conforme o esperado.
A taxa de inflação global de Tóquio para abril desacelerou para 1,8%, em comparação com os 2,6% de março, e a inflação subjacente, que exclui os preços dos alimentos frescos, caiu para 1,6%, abaixo das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, que esperavam 2,2%.
Os dados de inflação de Tóquio são amplamente considerados um indicador importante das tendências nacionais.
Shanghai SE (China), +1,17%
Nikkei (Japão): +0,81%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,12%
Kospi (Coreia do Sul): +1,05%
ASX 200 (Austrália): -1,39%
Bolsas europeias
Na Europa, as bolsas operam em alta, recuperando o ímpeto após uma queda na sessão anterior.
As ações de tecnologia e construção estão liderando os ganhos, com altas de 1,6% e 1,48%, respectivamente, enquanto as ações de produtos químicos e seguros estão entre as poucas que estão em queda, ambas com menos de 1%.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,48%
DAX (Alemanha): +0,73%
CAC 40 (França): +0,22%
FTSE MIB (Itália): +0,87%
STOXX 600: +0,61%
Ibovespa: relembre véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quinta-feira (25) com queda de 0,08%, aos 124.645,58 pontos. O dólar comercial subiu 0,28%, a R$ 5,16.
Duas notícias principais guiaram as negociações nesta sessão do Ibovespa: o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA menor que o esperado, com indicação de inflação, e a aprovação do pagamento de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4).
Radar corporativo
Durante a teleconferência sobre o balanço do terceiro trimestre da Vale (VALE3), nesta quinta-feira (25), o CEO da companhia, Eduardo Bartolomeo, afirmou que a produção de minério de ferro do período foi a maior em cinco anos, com alta de 6% na comparação anual. Contudo, o crescimento não refletiu no resultado financeiro.
Além disso, os acionistas da Usiminas (USIM5) aprovaram na última quinta-feira (25), em Assembleia Geral, o pagamento de R$ 330,3 milhões em dividendos.
O valor é equivalente a R$ 0,25732541629 por ação ordinária e R$ 0,28305795791 por ação preferencial.
Agenda do dia
Na agenda da último dia da semana destaca que às 7h30 (horário de Brasília) o Banco Central da Rússia anuncia sua decisão sobre a taxa de juros, marcando um momento de atenção para os mercados financeiros.
Logo em seguida, no Brasil, será divulgado o IPCA-15 de abril, fornecendo insights importantes sobre a inflação no país.
Enquanto isso, às 9h, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, participa de uma palestra em um evento organizado pela YPO, trazendo sua perspectiva sobre a economia e políticas monetárias.
Pouco depois, os investidores estarão de olho no Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE), nos EUA, uma medida crucial da inflação para o Federal Reserve.
Por volta das 10h (horário de Brasília), o Tesouro Nacional divulga o Boletim Trimestral de Estatísticas Fiscais, oferecendo insights sobre as finanças do país.
Mais tarde, às 14h, nos EUA, o Sentimento do Consumidor de Michigan para o mês de abril será revelado, proporcionando uma visão sobre a confiança do consumidor norte-amerocano.
No mesmo horário os Poços de Petróleo em Operação, um indicador-chave para a produção de petróleo nos EUA, serão divulgados pela Baker Hughes.
Além disso, na China é esperado a divulgação do lucro industrial de março se, fornecendo uma perspectiva sobre a saúde da segunda maior economia do mundo.
Nos mercados de ações, os balanços das gigantes Chevron e ExxonMobil serão divulgados antes da abertura em Nova York.
Enquanto no Brasil, a Hypera divulgará seus resultados após o fechamento do mercado na B3.