Pré-mercado

Café com BPM: Bolsas sobem repercutindo inflação nos EUA

Os indicadores econômicos nos EUA ganham destaque no radar do último dia útil da semana

Bolsas sobem
Bolsas repercutem inflação dos EUA (Foto: Freepik)

Nas Bolsas dos EUA, os índices futuros apresentam níveis positivos nesta sexta-feira (15), após uma queda na véspera, à medida que os investidores avaliam os dados de inflação que abalaram a confiança nas perspectivas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) neste ano. O mesmo acontece na sessão das Bolsas europeias. 

No último dia útil da semana, os agentes do mercado estarão atentos aos dados econômicos de hoje, que incluem o sentimento do consumidor, os preços das importações e a produção industrial.

Bolsas são guiadas por dados economicos dos EUA

As Bolsas globais seguem tendencia a partir da divulgação dos indicadores econômicos nos EUA, como a produção industrial e o sentimento do consumidor, que ganham destaque no radar do último dia útil da semana. O foco se dá especialmente após o índice acelerado de inflação do PPI ter diminuído a ansiedade em relação à política monetária do Fed. 

Embora esse dado não tenha afetado a expectativa de que o ciclo de afrouxamento monetário começará em junho, surge a questão de se o banco central dos EUA poderá sinalizar menos de três cortes de taxa de juros ao longo do ano em sua reunião na próxima semana. 

O mesmo debate está em curso no Brasil, com a possibilidade do Copom adotar uma abordagem mais cautelosa, reduzindo as chances de uma taxa Selic a um dígito, dada a pressão inflacionária e a atividade econômica aquecida. Nessa linha, o mercado nacional também acompanha o volume de serviços divulgado nesta sexta-feira (15), que será divulgado às 9h (horário de Brasília)

EUA

Na última quinta-feira (14), o Dow Jones recuou cerca de 0,4%, interrompendo uma sequência de três dias consecutivos de ganhos. O S&P 500 e o Nasdaq também registraram perdas de cerca de 0,3% cada. 

Essa queda ocorreu após o índice de preços ao produtor de fevereiro, um indicador da inflação atacadista, ter avançado mais do que o esperado pelos economistas.

Nova York permanecerá atenta às expectativas de inflação de curto e médio prazo, bem como ao índice de sentimento do consumidor de Michigan, que serão divulgados às 11h (horário de Brasília). Além disso, os investidores acompanharão os números da atividade industrial Empire State de março, que serão divulgados às 9h30 (horário de Brasília), e os dados da Baker Hughes, que sairão às 14h (horário de Brasília).

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,14%

S&P 500 Futuro: +0,13%

Nasdaq Futuro: +0,05%

Bolsas asiáticas

Enquanto isso, as bolsas asiáticas, em sua maioria, fecharam em baixa, com os dados recentes de inflação dos EUA reduzindo as esperanças de cortes mais agressivos nas taxas de juros americanas.

Na China continental, entretanto, os mercados encerraram o dia em alta, impulsionados por ações de montadoras e empresas de tecnologia. Após o fechamento, o regulador chinês de valores mobiliários prometeu intensificar a supervisão dos mercados de capitais e dos processos para o lançamento de ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações. Além disso, o banco central chinês (PBoC) anunciou, mais tarde na noite de ontem (pelo horário de Brasília), que manteria a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sinalizando que não planeja alterar suas taxas básicas na próxima semana.

Shanghai SE (China), +0,54%

Nikkei (Japão): -0,26%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,42%

Kospi (Coreia do Sul): -1,91%

ASX 200 (Austrália): -0,56%

Bolsas europeias

Enquanto isso, os mercados europeus começaram o dia com uma abertura mista, mas agora operam em alta, também refletindo os dados de inflação ao produtor dos EUA, que ficaram acima do esperado e foram divulgados na sessão anterior.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,12%

DAX (Alemanha): +0,14%

CAC 40 (França): +0,10%

FTSE MIB (Itália): +0,36%

STOXX 600: +0,04%

Ibovespa: relembre pregão da véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (14) com queda de 0,25%, aos 127.689,97 pontos. O dólar comercial subiu 0,22%, a R$ 4,98.

No Brasil, a agenda seguiu sem novos dados econômicos para manter as estruturas. Sendo assim, o Ibovespa foi puxado para baixo pelos papéis da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3;PETR4). No exterior, o resultado do PPI dos EUA não foi animador o suficiente. Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, descreveu, ao BP Money, o panorama das maiores quedas e avanços da sessão.

Radar corporativo

Lojas Renner (LREN3) reportou um lucro líquido de R$ 526,9 milhões no quarto trimestre de 2023. O montante representa uma alta de 9,4% em relação ao mesmo período e 2022. A quantia também superou o consenso da LSEG, que estimava um lucro de R$ 511,4 milhões.

Ainda sobre os balanços, a Unipar (UNIP6) apresentou um lucro líquido de R$ 161,2 milhões no 4TRI23 (quarto trimestre de 2023), 15,5% inferior ao reportado no mesmo período de 2022. Os dados foram reportados na noite desta quinta-feira (14).

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