No contexto desta terça-feira (27), o foco principal está na divulgação do IPCA-15 de fevereiro, com uma expectativa consensual do LSEG para um aumento mensal de 0,82% e uma elevação anual de 4,52%. Em termos políticos, após testar positivo para covid-19, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participa remotamente de reuniões do G20 com Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, e ministros dos Brics.
Ibovespa fechou com alta
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (26) com alta de 0,15%, aos 129.609,05 pontos. O dólar comercial caiu 0,23 %, a R$ 4,98.
Durante o pregão, o Ibovespa iniciou com recuo puxado pela Vale (VALE3), ação de grande relevância para o índice. Os papéis da mineradora performaram em queda, seguindo o ritmo do minério de ferro, que também atua de forma negativa no mercado. Fabio Louzada, economista, explica que cenário está ligado à precoupações relativas à China e afetou também os pares da empresa na Bolsa.
EUA
Os futuros dos índices dos EUA estão em ligeira alta hoje (27), recuperando parte das perdas do dia anterior, enquanto os investidores aguardam dados econômicos sobre bens duráveis, habitação e confiança do consumidor. Também estão na expectativa dos resultados das empresas varejistas Lowe’s e Macy’s antes da abertura do mercado, seguidas por Beyond Meat, Virgin Galactic e Rocket Lab após o fechamento.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,04%
S&P 500 Futuro: +0,10%
Nasdaq Futuro: +0,18%
Bolsas asiáticas
Os mercados asiáticos encerraram sem uma direção clara hoje, após uma pausa no recente rali de Wall Street. O índice japonês Nikkei permaneceu praticamente inalterado em Tóquio, registrando um aumento de apenas 0,01%, chegando a 39.239,52 pontos, mas alcançando um novo pico histórico pelo terceiro dia consecutivo.
Durante a noite, a taxa de juros dos bônus do governo japonês de 10 anos permaneceu estável em 0,685%, enquanto a de 2 anos subiu brevemente para 0,170%, atingindo o nível mais alto desde julho de 2011, devido a dados de inflação doméstica mais fortes do que o esperado.
Na China continental, os mercados tiveram ganhos consideráveis, impulsionados pela esperança de anúncio de novas medidas de estímulo durante as sessões plenárias anuais do governo chinês no início de março.
Shanghai SE (China), +1,29%
Nikkei (Japão): +0,01%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,94%
Kospi (Coreia do Sul): -0,83%
ASX 200 (Austrália): +0,13%
Bolsas europeias
Os mercados europeus estão operando em alta após uma tendência global de baixa no dia anterior. As ações de empresas de mineração lideram os ganhos na região, com um aumento de 1,3%, enquanto as ações de empresas de mídia estão em queda de 0,5%.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,08%
DAX (Alemanha): +0,41%
CAC 40 (França): +0,03%
FTSE MIB (Itália): +0,27%
STOXX 600: +0,07%
Radar corporativo
A Petrobras (PETR4) anunciou, na noite desta segunda-feira (26), que assinou um MoU (Memorando de Entendimento) com a Arcelor Mittal Brasil (ARMT34). O objetivo do acordo é estudar modelos de negócios de baixo carbono. Em nota, a Petrobras (PETR4), declarou que as organizações “buscarão identificar oportunidades comerciais e potenciais parcerias no Brasil que estejam alinhadas às estratégias de diversificação e descarbonização”.
Ainda sobre a sessão Ibovespa desta segunda-feira (26), a Vale (VALE3) e outras ações das siderurgicas sofreram durante todo o dia, ancoradas pela queda no preço do minério de ferro. O patamar atingido pela commodity em Dalian é o pior em quatro meses, cenário causado por preocupações em relação à China. As ações ordinárias VALE3 fecharam em queda de 2,41%, a R$ 65,75.
No mercado à vista e futuro, os valores do minério e ferro iniciaram a semana com queda firme. De acordo com o InfoMoney, as vertentes que pressionam negativamente são: a baixa demanda de aço na China, bem como, sinais de que as siderurgicas do país asiático estão contendo seus níveis de produção novamente.
Yan Pedro, fundador da empresa Hey Investidor e da OPI Escola de Investimentos, comentou com o BP Money sobre o ritmo da matéria-prima e os fatores que a têm levado ao negativo. Para o Brasil ele menciona que a “demanda do mercado interno, principalmente do setor de construção civil e também o mercado imobiliário brasileiro. São os que mais exigem o minério de ferro”.
Agenda do dia
No Brasil, destaca-se a divulgação da prévia da inflação de fevereiro, com o IPCA-15, prevendo-se um aumento mensal de 0,82% e uma elevação anual de 4,52%, conforme consenso LSEG. Além disso, estão agendadas reuniões do presidente do Banco Central, Campos Neto, com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras autoridades, incluindo encontros fechados à imprensa com Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, e ministros do BRICS.
Nos Estados Unidos, os destaques são os dados sobre bens duráveis em janeiro, com previsão de uma queda de 4,5% de acordo com o consenso LSEG, e a divulgação do índice de confiança do consumidor de fevereiro. Além disso, os investidores estarão atentos aos estoques de petróleo semanais, que serão anunciados mais tarde.