Pré-abertura

Café com BPM: futuros de NY caem à espera de dados de emprego

O mercado também acompanha vários membros do Fed têm discursos programados para a sessão desta terça

Índices futuros de NY recuam
índices futuros de NY recuam nesta terça-feira (foto: unsplash)

Os índices futuros dos EUA operam em queda nesta terça-feira (02), com os investidores aguardando ansiosamente os dados da pesquisa sobre vagas de emprego e rotatividade de trabalho (Jolts) de fevereiro, que serão divulgados às 11h (horário de Brasília).

Além disso, os índices futuros também são movimentados com a expectativa do mercado norte-americano. Isso porque vários membros do Federal Reserve (Fed) têm discursos programados para a sessão de hoje.

No cenário doméstico, serão divulgados os dados de inflação ao produtor de fevereiro, estatísticas do mercado de crédito e o Boletim Focus semanal.

Também está prevista a intervenção do Banco Central no câmbio, com um leilão adicional de swap cambial equivalente a US$ 1 bilhão, marcando a primeira intervenção desse tipo em mais de um ano. Enquanto isso, o presidente Lula participará de eventos no Rio de Janeiro.

Futuros dos EUA saõ movimentados pelo aguardo do discursos do Fed

Os índices futuros dos EUA operam em movimento devido ao relatório de emprego Jolts de fevereiro, agendado para as 11h (horário de Brasília), e aos discursos de quatro dirigentes do Fed: Michelle Bowman às 11h10, John Williams às 13h (horário de Brasília), Loretta Mester às 13h05 (horário de Brasília) e Mary Daly às 14h30 (horário de Brasília).

Esses eventos trazem agitação aos negócios, especialmente após as recentes mudanças de postura do Fed. Com a economia americana mostrando força e a cautela de Powell em relação à inflação, as expectativas de redução das taxas de juros nos EUA estão se deslocando do mês de junho para o segundo semestre do ano, o que tem impacto direto nos mercados.

Os índices futuros podem repetir o ritmo de queda do primeiro pregão da semana. Na última sessão, o Dow Jones caiu cerca de 241 pontos, ou 0,6%, enquanto o S&P 500 teve uma queda de 0,2%. O Nasdaq Composite, focado em tecnologia, contrariou essa tendência ao fechar 0,1% mais alto.

Na última segunda-feira (1º), as taxas dos Treasuries subiram novamente, resultando em uma pressão global sobre o dólar. A movimentação coincide com a desvalorização do real, levando o Banco Central a realizar um leilão extra de swap nesta terça-feira (2). No entanto, inicialmente, essa intervenção não parece estar relacionada ao potencial impacto do diferencial de juros com os EUA sobre o câmbio.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,28%

S&P 500 Futuro: -0,09%

Nasdaq Futuro: -0,11%

Bolsas asiáticas

Os mercados asiáticos e do Pacífico encerraram o dia sem uma direção clara, com ganhos liderados por Hong Kong devido ao entusiasmo com a estreia da Xiaomi no mercado de veículos elétricos.

Shanghai SE (China), -0,08%

Nikkei (Japão): +0,09%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,36%

Kospi (Coreia do Sul): +0,19%

ASX 200 (Austrália): -0,11%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam em sua maioria em alta, com os principais índices voltando às atividades após o fim de semana de Páscoa. Os investidores estarão atentos aos novos dados sobre a indústria da zona do euro, a inflação na Alemanha e os preços das casas no Reino Unido.

O índice de gerentes de compra (PMI) do setor industrial da zona do euro do HCOB caiu para 46,1 em março, em comparação com os 46,5 de fevereiro. Enquanto isso, os preços das casas no Reino Unido registraram um aumento de 1,6% em março em relação ao ano anterior, marcando o ritmo de crescimento mais rápido desde dezembro de 2022.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,35%

DAX (Alemanha): +0,04%

CAC 40 (França): +0,22%

FTSE MIB (Itália): +0,19%

STOXX 600: +0,22%

Ibovespa: último pregão

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (1º) com queda de 0,87%, aos 126.990,45 pontos. O dólar comercial subiu 0,87%, a R$ 5,05.

Nesta sessão, o Ibovespa chegou a renovar os patamares mínimos durante o dia, atingindo -1,04%, a 126.776 pontos. O desempenho veio após o resultado do PMI dos EUA (índice de gerente de compras), que apesar de se manter positivo, expressou recuo frente ao número de fevereiro (52,2%), com 51,9% em março.

Radar corporativo

No radar da polítcia econômica, a liderança do governo na Câmara dos Deputados protocolou o novo projeto Perse de retomada progressiva da tributação para o setor de eventos. O projeto substitui o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, que foi criado para mitigar os impactos negativos da pandemia sobre os negócios nessa área.

Além disso, a Marisa (AMAR3) anunciou mais uma vez o adiamento da divulgação do seu balanço do quarto trimestre de 2023. O documento estava previsto para ser publicado nesta segunda-feira (1º).

Agenda do dia

A agenda desta terça-feira (2) destaca eventos relevantes tanto no Brasil quanto nos EUA. No Brasil, teremos o Boletim Focus às 8h25 (horário do Brasília), seguido pelas estatísticas de crédito de fevereiro e os preços ao produtor também em fevereiro às 9h (horário do Brasília).

Além disso, o presidente Lula participará de cerimônias ao longo do dia, incluindo a inauguração do IMPA Tech e o anúncio das obras de dragagem do Canal de São Lourenço em Niterói.

Nos EUA o destaque será o relatório Jolts de fevereiro às 11h, juntamente com os discursos de Michelle Bowman às 11h10, John Williams às 13h e Loretta Mester às 13h05. O dia também inclui a divulgação das encomendas à indústria de fevereiro às 11h.