Pré-mercado

Café com BPM: futuros de NY caem após novo recorde na véspera

Na agenda doméstica, a prévia da inflação, o IPCA-15 de setembro é destaque

Foto: unsplash
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Os futuros dos principais índices americanos recuam nesta quarta-feira (25), após o Dow Jones e o S&P 500 terem atingido novas máximas históricas na sessão anterior. O Nasdaq também avançou, ficando a menos de 4% de seu recorde anterior.

Apesar das preocupações com uma possível desaceleração econômica, todos os três principais índices devem fechar o mês de setembro em alta, impulsionados pelo recente corte de juros promovido pelo Fed (Federal Reserve) na semana passada.

Com o início da política de flexibilização monetária, os investidores estão cada vez mais atentos aos indicadores da economia dos EUA.

O foco agora se volta para os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, na quinta-feira, além de dados sobre o índice de preços preferido pela instituição, previstos para sexta-feira, que podem fornecer mais informações sobre os futuros cortes nas taxas de juros.

No Brasil, IPCA-15 é destaque

Na agenda doméstica, a prévia da inflação, o IPCA-15 de setembro (9h), deve registrar uma aceleração, atingindo 0,28% em comparação aos 0,19% observados em agosto. Esse resultado, que antecede a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), pode influenciar as expectativas em torno da Selic.

Apesar de a ata do Copom, divulgada ontem, não ter indicado de forma clara uma possível intensificação no ritmo de cortes, o mercado segue especulando sobre a possibilidade de um ajuste maior em novembro, com apostas variando entre 0,50 e 0,75 ponto percentual.

As expectativas para o IPCA-15 divulgado hoje são de alta, com as projeções oscilando entre 0,18% e 0,33%, conforme levantamento da Broadcast. O avanço deve ser impulsionado principalmente por itens como alimentos, energia elétrica, passagens aéreas e cigarros.

Para o acumulado da inflação em 12 meses, a mediana aponta uma leve desaceleração, de 4,35% para 4,28%, com as previsões variando entre 4,18% e 4,33%.

EUA

Os traders nos EUA ampliaram suas expectativas, apostando que haverá mais de três quartos de ponto percentual de flexibilização monetária até o final do ano, o que indica a possibilidade de pelo menos um corte significativo nas taxas de juros.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,10%

S&P 500 Futuro: -0,18%

Nasdaq Futuro: -0,36%

Bolsas asiáticas

Na região da Ásia-Pacífico, as bolsas encerraram o dia de forma mista, com destaque para as bolsas da China, que registraram altas notáveis, impulsionadas pelo pacote de estímulos econômicos anunciado pelo governo de Pequim na véspera.

Na terça-feira, as ações chinesas dispararam após o banco central do país divulgar uma série de medidas de incentivo.

O índice HSI de Hong Kong alcançou seu melhor desempenho em sete meses, enquanto o CSI 300, da China continental, obteve o maior avanço diário em mais de quatro anos.

Shanghai SE (China), +1,16%

Nikkei (Japão): -0,19%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,68%

Kospi (Coreia do Sul): -1,34%

ASX 200 (Austrália): -0,19%

Bolsas europeias

Enquanto isso, as bolsas europeias recuaram nesta quarta-feira, devolvendo parte dos ganhos obtidos no pregão anterior em resposta às medidas da China.

Além disso, o Banco Central da Suécia reduziu sua taxa de juros em 25 pontos-base, levando-a a 3,25%, e indicou que novas reduções poderão ocorrer nas próximas duas reuniões de política monetária deste ano.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,02%

DAX (Alemanha): -0,44%

CAC 40 (França): -0,53%

FTSE MIB (Itália): -0,07%

STOXX 600: -0,15%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (24) com alta de 1,20%, aos 132.140,75 pontos. O dólar comercial caiu 1,30%, a R$ 5,56.

Depois de 5 sessão consecutivas em queda, o Ibovespa voltou a consagrar uma valorização firme, em um dia marcado pela ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e o cenário externo que impulsionou as principais commodities da Bolsa.

Radar corporativo

Prio (PRIO3) está entre as queridinhas do mercado, e isso foi evidenciado através do relatório recente do JPMorgan. O banco apontou a companhia como a melhor alternativa de risco-retorno.

A afirmativa foi reforçada pelo mercado nacional, que tem uma mediana do preço-alvo da empresa para os próximos 12 meses de R$ 63,55, com variação entre R$ 45 e R$ 77.

As projeções obtidas pelo BP Money foram levantadas pelo InvestingPro, uma ferramenta de análise fundamentalista, que se baseou na estimativa de 15 analistas de mercado.

Agenda do dia

Indicadores
▪️ 05h00 – Fipe: IPC da 3ª quadrissemana de setembro
▪️ 06h00 – França: OCDE divulga relatório trimestral de perspectivas econômicas globais
▪️ 08h00 – FGV: INCC-M e sondagem da construção de setembro
▪️ 08h30 – BC: Conta corrente de agosto
▪️ 09h00 – IBGE: IPCA-15 de setembro
▪️ 10h30 – EUA: Instituto de Finanças Internacionais (IIF) lança relatório do monitor de dívida global
▪️ 11h00 – EUA/Deptº do Comércio: Vendas de moradias novas de agosto
▪️ 11h30 – EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 20/9
▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
▪️ 20h50 – Japão: BoJ divulga ata da penúltima reunião de política monetária

Eventos
▪️ 17h00 – Haddad participa de evento do Safra
▪️ 17h00 – EUA/Fed: Adriana Kugler participa de evento

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