Após a euforia de quarta-feira, alimentada pelo corte de juros promovido pelo Fed (Federal Reserve), o clima de cautela domina nas bolsas globais nesta sexta-feira (20).
Os índices futuros dos EUA operam em baixa, refletindo um movimento de realização de lucros após os recordes históricos alcançados pelo Dow Jones e S&P 500 no dia anterior.
O S&P 500 teve uma valorização de 1,7%, superando pela primeira vez a marca de 5.700 pontos. Já o Dow Jones avançou 1,26%, encerrando o pregão acima dos 42.000 pontos, enquanto o Nasdaq Composite apresentou alta de 2,5%.
O corte de juros, somado a dados otimistas do mercado de trabalho — com os pedidos iniciais de auxílio-desemprego atingindo 219 mil na semana passada, abaixo das expectativas —, reforçou o bom humor dos investidores durante a semana.
EUA
No cenário corporativo, a FedEx viu suas ações despencarem 11% no pregão estendido, após a empresa revisar para baixo a previsão de lucros anuais e ajustar negativamente sua estimativa de receita.
Já a Nike disparou mais de 7%, impulsionada pelo anúncio de que o CEO John Donahoe deixará o comando da companhia em 13 de outubro.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,03%
S&P 500 Futuro: -0,25%
Nasdaq Futuro: -0,39%
Bolsas asiáticas
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram em alta, com o Nikkei, do Japão, liderando os ganhos. O desempenho positivo foi favorecido pela alta de Wall Street e pela decisão do Banco do Japão e do Banco Popular da China de manter suas taxas de juros inalteradas.
O Banco do Japão decidiu manter sua taxa de juros em 0,25%, o nível mais elevado desde 2008, após uma reunião de dois dias concluída na sexta-feira.
A inflação no Japão, medida pelo índice de preços ao consumidor, subiu 2,8% em termos anuais, conforme esperado pelos analistas. Desconsiderando os custos de alimentos frescos e energia, a inflação foi de 2%, uma leve alta em relação aos 1,9% do mês anterior.
A China, por sua vez, também optou por não mexer em suas principais taxas de empréstimo, mantendo a taxa de referência de um ano, que impacta financiamentos corporativos e residenciais, em 3,35%, enquanto a LPR de cinco anos, utilizada para empréstimos hipotecários, permanece em 3,85%.
Shanghai SE (China), +0,03%
Nikkei (Japão): +1,53%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,36%
Kospi (Coreia do Sul): +0,49%
ASX 200 (Austrália): +0,21%
Bolsas asiáticas
Os mercados europeus operam em queda, após a alta do dia anterior, à medida que investidores reagem às últimas decisões dos bancos centrais sobre juros e suas possíveis consequências para a economia global.
No Reino Unido, as vendas no varejo cresceram 1% em agosto, superando as expectativas. Agora, os investidores voltam sua atenção para os dados de confiança do consumidor europeu, que podem definir o tom do mercado nos próximos dias.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,53%
DAX (Alemanha): -0,94%
CAC 40 (França): -0,92%
FTSE MIB (Itália): -0,58%
STOXX 600: -0,61%
Ibovespa: relembre a véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quinta-feira (19) com queda de 0,47%, aos 133.122,67 pontos. O dólar comercial caiu 0,70%, a R$ 5,42.
O Ibovespa operou nesta sessão digerindo o resultado da “superquarta”. O Fed cortou a taxa de juros nos EUA, ao passo que o Copom subiu a Selic (taxa básica de juros) no Brasil, o que não agradou o mercado, mesmo que as decisões já fossem esperadas.
Agenda do dia
Indicadores
▪️Fazenda: relatório bimestral de receitas e despesas
▪️03h00 – Alemanha/Destatis: PPI de agosto
▪️03h00 – Reino Unido/ONS: vendas no varejo de agosto
▪️11h00 – Zona do euro/Comissão Europeia: índice de confiança do consumidor preliminar de setembro
▪️14h00 – EUA/Baker Hughes: poços de petróleo em operação
Eventos
▪️12h00 – EUA/BCE: Christine Lagarde participa de evento do FMI
▪️15h00 – EUA: Patrick Harker (Fed/Filadélfia) faz palestra na Universidade de Tulane
▪️18h30 – Haddad faz palestra em evento na USP