Mercado

Café com BPM: Futuros de NY recuam antes de dados de inflação nos EUA

As projeções indicam que o PCE total de janeiro deve acelerar para 0,3%

Os contratos futuros nos EUA registram uma tendência de baixa nesta quinta-feira (29), à medida que os investidores aguardam ansiosamente pela divulgação do deflator do consumo de janeiro (PCE), considerado o indicador de inflação preferido pelo Federal Reserve (Fed). 

O índice, métrica preferida pelo Fed para avaliar a inflação, tem o potencial de exercer uma forte influência. As projeções indicam que o PCE total de janeiro deve acelerar para 0,3%, em comparação com 0,2% em dezembro, enquanto o núcleo do índice é esperado para dobrar, alcançando 0,4%. Em termos anuais, espera-se que a inflação subjacente diminua de 2,9% para 2,8%, enquanto o PCE total deve recuar de 2,6% para 2,4%.

O indicador ganhou ainda mais importância após os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) terem superado as expectativas, levando o banco central americano a indicar uma postura cautelosa em relação ao início de qualquer redução nas taxas de juros.

O encerramento das negociações em fevereiro ocorre nesta quinta-feira (29), marcando outro mês positivo para os três principais índices de Nova York. No entanto, uma série de quedas recentes levanta dúvidas sobre a sustentabilidade da recuperação impulsionada pela tecnologia. 

O Nasdaq lidera esse cenário com um aumento de 5,2%, seguido pelo S&P 500 com 4,6%, enquanto o Dow Jones registra um aumento de 2,1%.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,36%

S&P 500 Futuro: -0,32%

Nasdaq Futuro: -0,33%

Bolsas asiáticas

Os mercados asiáticos encerraram o dia sem uma tendência clara nesta quinta-feira (27), com algumas regiões demonstrando cautela antes da divulgação de novos dados de inflação dos EUA, enquanto as bolsas chinesas avançaram após a implementação de mais medidas por parte de Pequim para estabilizar os mercados locais.

O índice Nikkei do Japão permaneceu ligeiramente no vermelho em Tóquio pelo segundo dia consecutivo, registrando uma queda de 0,11% para 39.166,19 pontos, após atingir níveis históricos nos três pregões anteriores. Enquanto isso, o Hang Seng de Hong Kong recuou 0,15% para 16.511,44 pontos, e o Kospi sul-coreano caiu 0,37% para 2.642,36 pontos em Seul.

Shanghai SE (China), +1,94%

Nikkei (Japão): -0,11%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,15%

Kospi (Coreia do Sul): -0,37%

ASX 200 (Austrália): +0,50%

Bolsas europeias

Nos mercados europeus, a tendência é positiva, com os investidores atentos aos relatórios de inflação tanto nos EUA quanto na Europa. Espera-se que os dados de inflação para fevereiro da Alemanha, Espanha e França sejam divulgados nesta quinta-feira (29).

FTSE 100 (Reino Unido): +0,29%

DAX (Alemanha): +0,43%

CAC 40 (França): +0,21%

FTSE MIB (Itália): +0,40%

STOXX 600: +0,30%

Ibovespa: pregão anterior

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (28) com queda de 1,16%, aos 130.155,43 pontos. O dólar comercial alta  0,74%, a R$ 4,96.

Após os ganhos recordes na véspera, considerando o prazo dos últimos 40 dias, o Ibovespa perdeu o ritmo de crescimento e operou em queda durante todo o pregão.

Os recuos nas ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3 e PETR4), papéis de peso relevante, levaram as quedas, causadas, principalmente, pela movimentação na política brasileira. As falas do presidente da república, Lula (PT), sobre a mineradora, e de Jean Paul Prates, sobre a petroleira, repercutiram mal nos papéis.

Radar corporativo

Vale (VALE3) e a Samarco são alvo de um novo processo internacional por conta do rompimento da barragem de Fundação, em Mariana (MG), em 2015. A nova ação está sento movida pelo escritório Pogust Goodhead, que está representando 30 mil indivíduos e empresas. 

Paasando de mineradoras para linhas aéreas, após negociações com detentores de debêntures emitidas no exterior com vencimento em 2026, bem como outros credores financeiros, a Gol (GOLL4) obteve, nesta quarta-feira (28), a aprovação para seu empréstimo na modalidade DIP (debtor-in-possession), como parte do processo de recuperação judicial nos EUA (Capítulo 11), de acordo com fontes.

Agenda do dia

Os principais destaques da agenda do dia incluem a divulgação da inflação PCE nos EUA e da taxa de desemprego no Brasil. Além disso, o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central continuam participando de painéis do G20.

No Brasil, às 9h (horário de Brasília), será divulgada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua, com uma expectativa de taxa de desemprego de 7,80%, de acordo com o consenso da LSEG. Mais tarde, às 14h30 (horário de Brasília), teremos a divulgação do fluxo cambial semanal.

Fora do cenário doméstico, nos EUA, às 10h30 (horário de Brasília), serão divulgados os pedidos de seguro-desemprego semanal, com uma expectativa de 210 mil solicitações, conforme o consenso da LSEG. No mesmo horário, também será divulgado o Índice de Preço PCE, com previsões de alta mensal de 0,3% e de 2,4% na base anual. Ainda nesta manhã, sairá o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Fed de Chicago, seguido pelas vendas de casas pendentes ao meio-dia.