Os futuros de Nova York estão operando em queda, enquanto os mercados acionários à vista nos EUA permanecem fechados nesta quinta-feira (9), devido ao feriado nacional em luto pela morte do ex-presidente Jimmy Carter, ocorrida no final de dezembro, aos 100 anos.
A inflação amena de novembro divulgada pela China ontem à noite continua alimentando a pressão por novos estímulos econômicos, em um dia de liquidez global reduzida devido ao feriado em NY, com as bolsas fechadas e o pregão de Treasuries mais curto (16h) por conta do funeral de Carter.
No Brasil, após a perda de dinamismo na produção industrial, as vendas no varejo (9h) devem mostrar queda em novembro, mas sem afetar a expectativa de que o Banco Central continue sua postura agressiva.
Além das preocupações fiscais, com expectativas de inflação desancoradas e o dólar a R$ 6, o ex-presidente Trump, que está com seu discurso mais acirrado, começa a ganhar mais atenção.
Faltando pouco mais de dez dias para sua posse, Trump não perde a chance de afirmar que adora gastar, quer ampliar o teto da dívida americana e se comprometer com uma postura mais rigorosa no protecionismo tarifário.
EUA
Na véspera, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos superaram brevemente a marca de 4,7%, à medida que as expectativas de inflação geraram receios entre os investidores de que o Federal Reserve possa diminuir o ritmo de flexibilização da política monetária neste ano.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,20%
S&P 500 Futuro: -0,32%
Nasdaq Futuro: -0,46%
Bolsas asiáticas
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o dia em queda, pressionados pela preocupação de que o Fed adie a flexibilização devido aos receios com a inflação.
A contínua desinflação do consumidor na China também contribuiu para piorar o clima entre os investidores.
O índice de preços ao consumidor da China subiu 0,1% em dezembro, comparado ao mesmo mês do ano passado, enquanto o índice de preços ao produtor recuou 2,3% na comparação anual, marcando o 27º mês consecutivo de queda.
Esses números sugerem que os esforços de estímulo do governo chinês não conseguiram impulsionar a demanda interna.
Simultaneamente, Pequim reforçou seu apoio ao yuan enfraquecido, anunciando um plano para emitir uma quantidade recorde de títulos no mercado de Hong Kong, visando aumentar a demanda pela moeda chinesa no exterior.
Shanghai SE (China), -0,58%
Nikkei (Japão): -0,94%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,20%
Kospi (Coreia do Sul): +0,03%
ASX 200 (Austrália): -0,24%
Bolsas europeias
Os mercados europeus operam predominantemente em território negativo, com cautela predominando antes da divulgação de dados econômicos da região.
Os investidores estão atentos aos números sobre o comércio e a produção da Alemanha, bem como às vendas no varejo da zona do euro.
Além disso, uma série de discursos importantes sobre política monetária está em andamento.
Destaca-se o pronunciamento da vice-governadora do Banco da Inglaterra, Sarah Breeden, que abordará as perspectivas de inflação e a política monetária em um evento na Escola de Negócios da Universidade de Edimburgo.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,11%
DAX (Alemanha): -0,20%
CAC 40 (França): -0,32%
FTSE MIB (Itália): -0,51%
STOXX 600: -0,24%
Ibovespa: relembe a véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão da última quarta-feira (8) com baixa de 1,27%, aos 119.624,51 pontos. O dólar comercial subiu 0,09%, a R$ 6,10.
A aversão ao risco que tomou conta dos mercados globais não deixou o Ibovespa escapar. A agenda econômica mais esvaziada internamente lançou a atenção dos investidores ao exterior, mais precisamente para novas declarações do presidente eleito nos EUA, Donald Trump.
Radar corporativo
A Azul (AZUL4) e a controladora da Gol (GOL), a holding Abra, estão estruturando a assinatura de um memorando de entendimento, nas próximas semanas, o objetivo é tratar das negociações sobre uma possível fusão entre os negócios, conforme apuração do “Valor”.
O documento ainda tem várias condicionantes para que a fusão saia de fato do papel, segundo fontes. A assinatura do memorando tem sido adiada por conta da reestruturação da Gol nos EUA. Originalmente, a assinatura deveria ter ocorrido em novembro do ano passado, agora espera-se que aconteça ainda em janeiro.
Agenda do dia
Indicadores
▪️04h00 – Alemanha/Destatis: Produção industrial – nov
▪️07h00 – Zona do Euro/Eurostat: Vendas no varejo – nov
▪️08h00 – OCDE: CPI de novembro
▪️08h00 – Brasil/FGV: IPC-S Capitais da 1ª quadrissemana – jan
▪️09h00 – Brasil/IBGE: Vendas do varejo de novembro
▪️20h00 – Peru: BC divulga decisão de política monetária
Eventos
▪️10h00 – Lula, Haddad e ministros discutem dívida dos Estados
▪️10h15 – Susan Collins (Fed de Boston) participa de debate
▪️11h00 – Patrick Harker (Fed de Filadélfia) discursa
▪️14h30 – CNPS avalia teto de juros em consignado para beneficiários do INSS
▪️14h40 – Thomas Barkin (Fed de Richmond) participa de evento
▪️15h30 – Jeffrey Schmid (Fed de Kansas City) discursa
▪️15h35 – Michelle Bowman, diretora do Fed, participa de evento