Café com BPM: bolsas globais tombam com temor de recessão nos EUA

O abalo sísmico que afetou as bolsas globais na última sexta-feira (2) continua a apresentar riscos de prolongamento.

Os índices futuros dos EUA estão em queda acentuada nesta segunda-feira (5), refletindo uma liquidação global de ações que se intensificou devido às preocupações de que o Fed (Federal Reserve) tenha demorado para reagir a uma economia em desaceleração. 

Agora, o Fed provavelmente terá que adotar uma política monetária mais flexível para evitar uma recessão. Dados de emprego decepcionantes nos EUA, divulgados na última sexta-feira, abalaram ainda mais a confiança dos investidores globais.

Além disso, a segunda-feira (5) será marcada pela divulgação do índice de gestores de compras (PMI) composto da S&P Global nos EUA, na Zona do Euro, no Reino Unido e na Alemanha.

Um resultado positivo na atividade econômica da China, que ainda divulgará os dados de inflação de julho nesta semana, provavelmente não será suficiente para mitigar o estresse global causado pela possível aterrissagem forçada da economia dos EUA.

No cenário doméstico, Petrobras e os principais bancos divulgam seus balanços (hoje, Bradesco antes da abertura do mercado).

Amanhã, será publicada a ata do Copom, que pode reforçar a percepção de estabilidade na Selic, especialmente com o risco de uma recessão nos EUA voltando a preocupar.

Embora a agenda econômica em Nova York seja pouco movimentada nos próximos dias, os investidores estarão atentos a qualquer sinal de recessão nos EUA, preocupados com a possibilidade de que o Fed tenha demorado demais para reduzir os juros.

EUA

Os investidores também estarão atentos às direções futuras do Fed sobre as taxas de juros. Após o fechamento, Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco, fará um discurso no Hawaii Executive Collaborative.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -1,51%

S&P 500 Futuro: -2,56%

Nasdaq Futuro: -4,17%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas encerraram com fortes perdas, continuando a liquidação da semana passada.

O índice Nikkei do Japão despencou mais de 12%, fechando em 31.458,42 pontos, marcando o pior dia desde a “Segunda-feira Negra” de 1987. A queda de 4.451,28 pontos foi a maior em termos absolutos na história do índice.

Enquanto isso, os investidores aguardam dados comerciais cruciais da China e Taiwan, além das decisões dos bancos centrais da Austrália e da Índia.

Shanghai SE (China), -1,54%

Nikkei (Japão): -12,40%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,46%