Pré-mercado

Café com BPM: índices futuros caem com payroll no radar

O payroll domina a atenção dos mercados nesta sexta (6), mas investidores também acompanham falas de membros do Fed

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EUA / Foto: Freepik

A divulgação do relatório de empregos dos EUA (payroll), nesta sexta-feira (6), será o foco das atenções globais. Esse indicador, amplamente considerado o principal termômetro da saúde do mercado de trabalho americano, deve exercer uma influência significativa na decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa de juros na próxima reunião, agendada para 18 de setembro.

Na véspera, a pesquisa ADP revelou que o setor privado dos EUA gerou 99 mil empregos em agosto, número inferior à previsão de 145 mil. Além disso, os pedidos de auxílio-desemprego no país totalizaram 227 mil, também ficando aquém das expectativas.

Diante desse cenário, os índices futuros dos Estados Unidos operam em baixa, refletindo a incerteza dos investidores sobre a magnitude do próximo corte da taxa de juros no país.

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O consenso de Wall Street aponta para a criação de 161 mil novos empregos não agrícolas em agosto e uma leve queda na taxa de desemprego para 4,2%, conforme a Dow Jones.

No entanto, uma recente série de dados mais fracos sugere riscos de resultados abaixo do esperado, alimentando especulações sobre um corte agressivo de meio ponto percentual nos juros na reunião de 18 de setembro.

Embora o payroll concentre a atenção dos mercados, os investidores também podem buscar sinais sobre o futuro dos juros americanos em discursos de duas importantes autoridades do Fed: o governador Christopher Waller e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, que se pronunciarão mais tarde.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,35%

S&P 500 Futuro: -0,59%

Nasdaq Futuro: -1,03%

Bolsas asiáticas

Os mercados asiáticos fecharam em sua maioria em queda, influenciados pelos gastos das famílias no Japão, que ficaram abaixo das expectativas.

Em julho, os gastos das famílias japonesas aumentaram apenas 0,1% em termos reais em relação ao ano anterior, enquanto economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 1,2%. Esse resultado contrasta com a queda de 1,4% registrada em junho.

Os dados abaixo das expectativas podem limitar o Banco do Japão (BOJ) de adotar uma postura mais rígida de aperto monetário. No entanto, o forte crescimento salarial registrado na quinta-feira pode equilibrar essa tendência, proporcionando ao BOJ mais flexibilidade para ajustar sua política monetária.

Shanghai SE (China), -0,81%

Nikkei (Japão): -0,72%

Hang Seng Index (Hong Kong): fechado devido ao Tufão Yagi

Kospi (Coreia do Sul): -1,21%

ASX 200 (Austrália): +0,39%

Bolsas europeias

Os mercados europeus continuam em baixa, acumulando perdas em quatro sessões consecutivas nesta semana. Após atingir um pico recorde na semana passada, o índice Stoxx 600 recuou quase 2,5%, marcando seu pior desempenho desde a liquidação ocorrida no início de agosto.

Uma sequência de dados econômicos dos EUA apresentou resultados abaixo das expectativas, incluindo indicadores de manufatura, vagas de emprego e folhas de pagamento do setor privado, fortalecendo as especulações de que o Fed possa reduzir os juros em 50 pontos-base, ao invés dos 25 pontos-base previstos, na reunião de 18 de setembro.

Os investidores estão atentos às notícias sobre uma ordem da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA) para inspecionar os motores Rolls-Royce em aviões Airbus A350-1000. A decisão foi motivada por um incêndio ocorrido em um voo da Cathay Pacific, que resultou na inspeção de toda a frota e na substituição de várias peças dos motores.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,33%

DAX (Alemanha): -0,47%

CAC 40 (França): -0,26%

FTSE MIB (Itália): -0,49%

STOXX 600: -0,32%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (5) com alta de 0,29%, aos 136.502,49 pontos. O dólar comercial teve forte queda de 1,22%, a R$ 5,57.

Com agenda econômica mais esvaziada no Brasil, o Ibovespa operou com oscilação durante a sessão. O radar dos investidores segue apitando para os dados econômicos do EUA, à espera do resultado do payroll na sexta-feira (5).

Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, teve queda menos expressiva, em 0,23%, a US$ 101,12.

Radar corporativo

Em comunicado arquivado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Vibra Energia (VBBR3) venceu a União em um caso obre crédtidos de PIS/Cofins. A disputa era no valor atualizado de R$ 4 bilhões.

A Vale (VALE3), por meio do Vale Ventures, sua iniciativa de Corporate Venture Capital, anunciou nesta quinta-feira (5) um aporte de US$ 30 milhões na startup Mantel.


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