Ibovespa
Foto: índices/Pexels

As bolsas globais iniciam a semana em alta, em um ambiente marcado por política monetária e maior cautela dos investidores. A agenda ganha força com as decisões do Fed e do Copom, ambas previstas para quarta-feira (10).

Após o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrar o último pregão em queda acentuada, o mercado acompanha como o tom das autoridades, mais dovish ou mais hawkish, pode influenciar os juros, o câmbio e o apetite por risco nos próximos dias.

Agenda econômica

Segunda-feira, 8/12
  • 08h25 — Brasil: Boletim Focus
  • 10h00 — Brasil: Produção de Veículos
  • 10h00 — Brasil: Vendas de Veículos
  • 14h06 — China: Balança Comercial

EUA

Nos EUA, as bolsas encerraram a semana em alta após o PCE avançar 0,3% em setembro, dado que reforçou a expectativa de um corte de 25 pontos-base pelo Federal Reserve nesta quarta-feira (10). Entretanto, apesar de o CME Group apontar 87% de probabilidade para a nova redução, o Fomc está dividido e o resultado pode não ser unânime, o que aumenta a tensão no pré-mercado.

Coração de índices futuros:
Dow Jones Futuro: +0,01%
S&P 500 Futuro: +0,02%
Nasdaq Futuro: +0,18%

Bolsas da Ásia 

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, com destaque para os mercados chineses, que reagiram às novas medidas de flexibilização regulatória. Dados de comércio melhores do que o esperado também ajudaram a sustentar o humor, enquanto investidores seguem atentos às decisões de política monetária desta semana, especialmente a do Federal Reserve.

Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,54%. O Nikkei 225, em Tóquio, subiu 0,18%, e o Kospi, em Seul, ganhou 1,34%. Já o Hang Seng, em Hong Kong, recuou 1,23%, em meio à expectativa pelas reuniões do Politburo e pela Conferência Anual de Trabalho Econômico, que podem trazer novos sinais sobre a agenda econômica chinesa para 2026.

O sentimento positivo foi alimentado pela sinalização de maior flexibilidade dos reguladores chineses, incluindo regras mais brandas para requisitos de capital e alavancagem de grandes instituições. Medidas no setor de seguros também devem liberar mais recursos para investimentos. No Japão, porém, o quadro ficou mais contido após o governo confirmar queda no PIB do terceiro trimestre, em um momento de tensões recentes com a China.

Europa

Os mercados europeus operam mistos nesta segunda-feira, pressionados pela cautela pré-Fed. O Stoxx 600 avançava 0,02%, com Frankfurt em alta de 0,17%, enquanto Londres e Paris recuavam levemente. Embora um corte de juros pelo Fed já esteja amplamente precificado, investidores aguardam uma sinalização mais conservadora, o que reduz o apetite ao risco.

Entre os destaques corporativos, as ações da Magnum Ice Cream subiam em Amsterdã após a empresa, recém-separada da Unilever, ser avaliada em cerca de US$ 9 bilhões. A Unilever também registrava ganhos, enquanto a L’Oréal caía 1,4% em Paris após ampliar sua participação na suíça Galderma. Já a Repsol avançava em Madri após anunciar a fusão de ativos de petróleo e gás no Reino Unido.

O humor também foi influenciado por comentários mais duros da dirigente do BCE Isabel Schnabel e por um dado mais forte da produção industrial alemã, que elevou os rendimentos dos títulos locais. A Oxford Economics, porém, avalia que o dado não indica uma recuperação consistente, mas coloca o setor em posição mais favorável para contribuir com o PIB no fim de 2025.