Os ganhos nas bolsas norte-americanas no último pregão impulsionaram a recuperação dos mercados mundiais nesta quinta-feira (7).
Após o FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) reforçar que a política monetária do país seguirá pressionada, com um possível novo aumento da taxa básica de juros nas próximas reuniões – entre 26 e 27 de julho – os mercados acionários reagiram melhor que o esperado.
Apesar de os acionistas estarem com o alerta ligado para a possível recessão, os resultados entre a última quarta-feira (6) e esta quinta (7) estão sendo positivos.
O otimismo influenciou as bolsas asiáticas, que fecharam em alta nesta quinta-feira (7) após os ganhos nos EUA.
Os acionistas da região ainda se preocupam com os possíveis impactos dos novos lockdowns instaurados pelo governo chinês, mas a recuperação neste pregão pode ser essencial para um fechamento semanal positivo.
Na Europa, os mercados também se recuperaram e operam em alta nesta manhã.
Após uma série de PMIs (Índices de Gerentes de Compras) divulgados nesta semana na zona do euro e na Alemanha, o sentimento positivo norte-americano ajudou os negócios europeus.
Agora, fica no radar a ata do BCE (Banco Central Europeu) que irá decidir se a taxa básica de juros da região irá aumentar.
Além disso, os acionistas também ficam de olho nos desdobramentos políticos da região. Após diversas renúncias no governo britânico, fontes indicam que o Primeiro-Ministro Boris Johnson também deixe o cargo.
No cenário nacional, é esperada a divulgação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) e do CCEE (Consumo de Energia) semanal.
Para o indicador inflacionário, a expectativa é de que haja o aumento de 0,59%. O resultado também será acompanhado da publicação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central).
Os investidores também acompanham os desdobramentos da votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Combustíveis.
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou em alta de 0,43% na última quarta-feira (6). Já o dólar seguiu aumentando e registrou alta de 0,61% no fechamento, cotado a R$ 5,42 na quarta (6).
Os mercados futuros dos EUA operam em baixa na manhã desta quinta-feira (7).
-Dow Jones Futuro (EUA), +0,27%
-S&P 500 Futuro (EUA), +0,18%
-Nasdaq Futuro (EUA), +0,25%
Bolsas Asiáticas
Os mercados da Ásia terminaram o pregão desta quinta-feira (7) em alta, impulsionados pelos ganhos em Wall Street.
Após a divulgação do FED sem muitas novidades acerca da política monetária do país, que apenas reforçou o já esperado aumento em 50 ou 75 pontos-base, os papéis passaram a valorizar ao fim do pregão da última quarta (6).
Com isso, o dia foi positivo para as bolsas asiáticas. Apesar da preocupação com a Covid-19 ainda não ter sido sanada na China, os negócios do país se recuperaram de um dia negativo na última quarta (6).
Agora, os acionistas asiáticos aguardam a publicação da ata do Banco Central Europeu, além de analisarem os novos casos do vírus na China.
Segue o fechamento das bolsas asiáticas:
-Nikkei (Japão), +1,47%
-Kospi (Coreia do Sul), +1,84%
-Taiex (Taiwan), +2,51%
-Xangai SE (China), +0,27%
Bolsas Europeias
A recuperação também influenciou positivamente os papéis na Europa, em manhã de digerir os ganhos do mercado norte-americano.
O impulsionamento foi importante para as bolsas europeias, visto que as mesmas operaram em queda na última quarta (6) após a publicação de diversos dados negativos de serviços e indústria, como os PMIs da zona do euro e da Alemanha.
O alerta dos investidores do velho continente agora estão para as declarações do BCE sobre a taxa básica de juros na região.
Além disso, o mercado acompanha com atenção a possível saída do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, após mais de 50 membros do governo renunciarem seus cargos na última quarta (6).
As saídas em massa aconteceram devido a divulgação de uma série de escândalos por parte de Johnson.
Confira as principais bolsas europeias:
-DAX (Alemanha), +1,36%
-CAC 40 (França), +1,37%
-FTSE MIB (Itália), +1,90%
-FTSE 100 (Reino Unido), +1,13%
Notícias Corporativas
A Oi (OIBR3) teve a transferência dos seus ativos móveis para as rivais Vivo (VIVT3), Claro e TIM (TIMS3) homologada pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, de acordo com o divulgado pelo Tribunal de Justiça estadual.
Expedida na última segunda-feira (04), a carta de arrematação foi assinada pelo juiz Fernando César Viana, de acordo com nota enviada pela corte à imprensa na noite de terça-feira (05).
Por sua vez, a Unipar (UNIP3) informou o pagamento de dividendos intermediários no valor de R$ 125 milhões a partir do dia 5 de agosto, com as ações sendo negociadas ex a partir de 27 de julho.
Já na BR Properties (BRPR3), o Conselho de Administração da companhia aprovou a convocação de uma AGE (Assembleia Geral dos Acionistas) a fim de verificar a viabilidade de sua redução de capital social para o montante de R$ 1,125 bilhão.
A proposta foi considerada excessiva pelo Conselho, visto que a redução está diretamente ligada com as vendas de 13 edifícios para a Brookfield, processo ainda em revisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Agenda
A quinta-feira (7) no Brasil será marcada pela divulgação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) referente ao mês de junho.
Além dele, o IBC-Br, importante relatório do BC (Banco Central) e o relatório de poupança também serão publicados.
Entra na agenda também a possível votação da PEC dos Benefícios na Comissão Especial da Câmara.
No exterior, o dia é decisivo para a política monetária europeia. O BCE irá divulgar a ata de sua reunião mais recente.
Enquanto isso, nos EUA, se espera a publicação de dados de emprego no setor privado, e também se analisa os discursos de alguns representantes do FED nesta quinta (7).