Pré-mercado

Café com BPM: semana começa com China e bolsas em queda; termina com payroll

Haddad fala hoje à CBN e Powell discursa nos EUA

Foto: Canva Pro
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As bolsas globais iniciam o último pré-mercado de setembro com queda majoritária,abrindo uma semana marcada por uma agenda cheia e indicadores econômicos importantes.

Na China, a atividade industrial, divulgada no domingo, ficou abaixo do nível de 50, indicando retração. Apesar disso, o minério de ferro registrou alta de quase 7% durante a madrugada, impulsionado pela decisão de Pequim de reduzir as taxas de hipotecas para conter a crise no setor imobiliário, antes do início do feriado da Golden Week, na quarta-feira.

Nos EUA, o mercado estará atento ao discurso de Powell, marcado para às 14h55 de hoje, com foco especial nos dados de emprego que serão divulgados durante a semana.

 O relatório de empregos (payroll) de setembro, que sai na sexta-feira, será crucial para definir as expectativas sobre possíveis cortes nas taxas de juros até o fim do ano. Além disso, o índice ADP, previsto para quarta-feira, e o relatório JOLTS de vagas abertas, que será divulgado amanhã, também serão observados de perto.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será entrevistado pela rádio CBN às 8h30 desta manhã, com foco nas questões fiscais. Ainda hoje, espera-se a divulgação do resultado consolidado do setor público de agosto, com previsão de novo déficit em torno de R$ 20 bilhões.

Também deve ser publicado o decreto de programação orçamentária e financeira, que indicará os ministérios que serão beneficiados pelo descongelamento de R$ 1,7 bilhão em despesas.

EUA

Os índices futuros dos EUA começaram a semana em queda, com os investidores aguardando os discursos de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, e Michelle Bowman, governadora do Fed, durante um evento da National Association for Business Economics em Nashville. 

Esses pronunciamentos são aguardados com expectativa, especialmente diante dos dados econômicos que serão divulgados ao longo da semana.

Em setembro, o Dow Jones e o S&P 500 registraram altas de 1,8% e 1,6%, respectivamente, enquanto o Nasdaq, mais influenciado por ações de tecnologia, avançou 2,3%.

O mês, tradicionalmente considerado desfavorável para os mercados de ações, começou com dificuldades, mas o cenário se reverteu após o Federal Reserve reduzir as taxas de juros em 0,5 ponto percentual.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,10%

S&P 500 Futuro: -0,09%

Nasdaq Futuro: -0,21%

Bolsas asiáticas

No Pacífico Asiático, as bolsas tiveram um fechamento misto. Na China, o mercado teve um desempenho notável, com o CSI 300 subindo 8,48% em seu melhor dia em 16 anos, puxado por ações dos setores de tecnologia e saúde.

Esse movimento levou o índice a 4.017,85 pontos, sua maior pontuação desde agosto de 2023. Por outro lado, o índice Nikkei, do Japão, caiu 4,8%, impactado pelas expectativas de que o novo primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, adote uma política monetária mais rígida, substituindo a abordagem ultrafrouxa do Banco do Japão.

A produção industrial japonesa registrou queda de 4,9% em agosto, superando a retração de 0,4% do mês anterior.

Na China, o índice de gerentes de compras (PMI) de setembro ficou em 49,8, acima da previsão de 49,5, embora o setor manufatureiro tenha apresentado contração pelo quinto mês consecutivo.

Shanghai SE (China), +8,06%

Nikkei (Japão): -4,80%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,43%

Kospi (Coreia do Sul): -2,13%

ASX 200 (Austrália): +0,70%]

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados estão em baixa, com foco nas vendas do varejo e dados de inflação da Alemanha e da Itália, além do PIB final do Reino Unido.

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, discursará no Parlamento Europeu, enquanto Megan Greene, do Banco da Inglaterra, participará de um painel sobre política monetária global no evento da NABE.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,35%

DAX (Alemanha): -0,42%

CAC 40 (França): -1,15%

FTSE MIB (Itália): -1,40%

STOXX 600: -0,56%

Radar corporativo

Receita Federal ordenou o arrolamento de bens do Assaí, no valor de R$ 1,265 bilhão, devido a questões tributárias em disputa com o GPA (Grupo Pão de Açúcar), conforme anunciado pela companhia recentemente.

A medida decorre de disputas tributárias relacionadas ao GPA. O arrolamento não bloqueia a venda de ativos, mas visa garantir que os bens estejam disponíveis para eventual quitação dos créditos tributários em questão.

No comunicado, o Assaí enfatiza que, após a cisão realizada em 31 de dezembro de 2020, tornou-se uma empresa independente.

Agenda do dia

Indicadores
▪️ 03h00 – Reino Unido: PIB final do 2TRI
▪️ 08h25 – BC divulga relatório Focus
▪️ 08h30 – BC: Nota de política fiscal de agosto
▪️ 09h00 – Alemanha: CPI preliminar de setembro
▪️ 10h45 – EUA/ISM/Chicago: PMI
▪️ 15h00 – Colômbia decide juro

Eventos
▪️ Governo divulga decreto de programação orçamentária e financeira, com ministérios beneficiados por descongelamento de R$ 1,7 bi em gastos
▪️ 08h30 – Haddad concede entrevista à rádio CBN
▪️ 09h50 – Michelle Bowman (Fed) discursa
▪️ 10h00 – Christine Lagarde (BCE) discursa
▪️ 14h55 – EUA: Powell participa de evento

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