Pré-mercado

Café com BPM: ‘Super Quarta’ rouba holofotes das bolsas globais

As grandes expectativas estão concentradas nos eventos programados para esta quarta-feira (20), o dia mais aguardado da semana

Foto: unsplash
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Os índices futuros dos EUA e as bolsas europeias registram quedas, nesta quarta-feira (20), com os investidores aguardando a decisão sobre juros do Fomc (Federal Open Market Committee) do Fed (Federal Reserve) nos EUA.

Aqui no Brasil, a expectativa em torno das decisões do Fed e do Copom foi evidenciada ontem pela baixa atividade no Ibovespa, pela estabilidade do dólar e pela leve queda na curva do DI.

Antes da conclusão dessas importantes decisões de política monetária, os investidores mostraram-se relutantes em assumir riscos, uma vez que a dinâmica futura do fluxo de capital depende das próximas medidas relacionadas às taxas de juros nos EUA e à Selic no Brasil.

No último dado disponível, na última sexta-feira (15), os investidores estrangeiros injetaram R$ 2,95 bilhões na B3, marcando a primeira entrada de março. Entretanto, no acumulado do mês, houve uma saída líquida de US$ 3,8 bilhões e, no ano, uma fuga de US$ 21,2 bilhões, resultando em um saldo negativo considerável.

Bolsas globais aguardam ata do fed

As bolsas globais serão guiadas pelas decisões divulgadas no dia mais aguardado da semana. As grandes expectativas estão concentradas tanto no potencial de surpresas reservado tanto pelo Fed, às 15h (horário de Brasília), quanto pelo Copom, a partir das 18h30 (horário de Brasília).

A decisão do Fed é seguida por uma coletiva de imprensa liderada por Powell meia hora depois.

Ao BP Money, analistas afirmaram que o mercado financeiro já sabe o que esperar das decisões em relação aos juros. A grande atenção, portanto, está voltada para as justificativas dos posicionamentos.

A previsão é de um corte de meio ponto percentual na taxa Selic, passando de 11,25% para 10,75%. No entanto, o comunicado desperta grande expectativa e pode gerar alta volatilidade, especialmente se houver a retirada do plural indicando possíveis novos cortes de 0,50 ponto percentual nas “próximas reuniões” (maio e junho). 

Nos EUA, os próximos passos do Fed também são de grande interesse. Embora o mercado esteja precificando a manutenção da taxa de juros, pela quinta vez consecutiva, há interesse em saber se a primeira redução ocorrerá realmente em junho e quantos cortes mais serão projetados pelo gráfico de pontos até o final do ciclo.

EUA

Os mercados americanos operam de lado nesta quarta-feira (20), com Wall Street apostando que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas.

O consenso entre os economistas em Nova York é que o Fed provavelmente manterá sua estratégia de três cortes, embora possa adiar o início do ajuste de queda para o segundo semestre, devido às incertezas em relação à trajetória da inflação.

Desde os últimos dados de inflação, que ainda permanecem pressionados, especialmente o CPI e o PPI, o mercado começou a especular sobre a possibilidade de um ciclo mais curto de relaxamento monetário. No entanto, essa visão ainda é mais uma aposta arriscada do que uma convicção sólida.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,06%

S&P 500 Futuro: -0,09%

Nasdaq Futuro: -0,05%

Bolsas asiáticas

Após o banco central chinês (PBoC) decidir manter suas principais taxas de juros inalteradas, os mercados asiáticos encerraram a sessão com a maioria dos índices em alta.

O PBoC anunciou na noite anterior que as taxas de referência para empréstimos (LPRs) de 1 e 5 anos permaneceriam em 3,45% e 3,95%, respectivamente, mantendo-as estáveis em relação ao mês anterior, quando a taxa mais longa foi reduzida.

O otimismo nos mercados asiáticos também foi impulsionado pela expectativa em torno do anúncio da política monetária do Federal Reserve (Fed).

Shanghai SE (China), +0,55%

Nikkei (Japão): +0,66%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,08%

Kospi (Coreia do Sul): +1,28%

ASX 200 (Austrália): -0,10%

Bolsas europeias

Nos primeiros momentos do pregão, as ações das prestigiadas marcas de luxo LVMH, ChristianDior e Hermes registraram quedas superiores a 2%, enquanto a Burberry teve uma redução de 4,7%.

Esses movimentos foram desencadeados pelo alerta da Kering, uma holding francesa sediada em Paris e especializada em artigos de luxo, sobre a queda nas vendas na Ásia.

As ações da Kering, por sua vez, sofreram uma queda acentuada de 14% devido a um atraso na abertura.

Além disso, dados oficiais divulgados na quarta-feira mostraram que a inflação no Reino Unido ficou abaixo das expectativas, registrando 3,4% em termos anuais em fevereiro, comparado aos 4% observados em janeiro.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,31%

DAX (Alemanha): +0,05%

CAC 40 (França): -0,83%

FTSE MIB (Itália): -0,09%

STOXX 600: -0,25%

Ibovespa: relembre a véspera 

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (19) com alta de 0,45%, aos 127.528,85 pontos. O dólar comercial subiu 0,07%, a R$ 5,02.

O índice cheogu a atingir uma alta de 128 mil pontos na máxima do dia, mas posteriormente reduziu seus ganhos.

O recuo se deu devido à performance da Petrobras (PETR4), que se desvinculou do movimento do preço do petróleo, enfrentando mais uma vez preocupações com possíveis interferências políticas.

As ações ordinárias (ON) da Petrobras recuaram 1,11%, fechando a R$ 36,57, enquanto as preferenciais (PN) caíram 0,74%, encerrando o dia a R$ 36,07. O índice Ibovespa registrou um aumento de 0,45%, chegando a 127.528,85 pontos, com um volume de negociação de R$ 20,6 bilhões.

Radar corporativo

Lá fora, as ações do Nubank (ROXO34) alcançaram sua máxima histórica em Nova York nesta última terça-feira (19), encerrando o dia cotadas a US$ 11,85, um aumento de 0,85%. 

Este valor só tinha sido atingido anteriormente logo após sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em dezembro de 2021. No acumulado do ano, o papel registra uma alta de 42% e ultrapassa Vale em valor de mercado.

Além disso, a Natura (NTCO3) anunciou, nesta terça-feira (19), que atualizou o valor de seus dividendos para R$ 979,176 milhões. Ou seja, o preço por ação foi de R$ 0,709217 para R$ 0,707897.

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