A Justiça de São Paulo ordenou novas penhoras sobre a mansão do ex-lateral Cafu, avaliada em R$ 40 milhões, após a suspensão do leilão no início de abril.
A primeira penhora, no valor de R$ 7,3 milhões, ocorreu devido a um processo movido por um empresário desde 2018. Na época, a confissão de dívida estava avaliada em torno de R$ 2,6 milhões.
Neste processo, que está em andamento no Foro de Barueri, Cafu teve um terreno em São Roque, avaliado em R$ 7,6 milhões por um perito designado pela Justiça, penhorado.
Segundo o empresário, há uma tendência de que o imóvel também seja colocado à venda em leilão público.
Em outro pedido de penhora no leilão da mansão, acatado pelo tribunal, um advogado cobra de Cafu a quantia de R$ 1,8 milhão desde 2023, referente a uma condenação ao pagamento de honorários advocatícios que não foram quitados.
Além disso, há um terceiro pedido de penhora aceito pela Justiça, o qual foi mantido em sigilo no processo.
Os bloqueios se somam a mais de R$ 8 milhões que foram penhorados anteriormente no processo, além da dívida original de R$ 11,5 milhões que levou à decisão de leiloar a mansão.
Dívidas de Cafu
Entre as dívidas, destaca-se um débito de R$ 4,2 milhões com o Banco Industrial. Além disso, há dívidas com pessoas físicas que processaram Cafu e conseguiram bloqueios. Por exemplo, uma delas, no valor de R$ 1,6 milhão, é do espólio de um credor. Há também uma penhora do município de Barueri, referente à cobrança de impostos sobre o imóvel.
Após obter uma vitória significativa na Justiça de São Paulo, Cafu teve um efeito suspensivo concedido, cancelando o leilão de sua mansão, que estava programado para ocorrer em 4 de abril. As novas penhoras foram ordenadas logo em seguida a essa decisão.
A decisão foi publicada no mesmo dia em que o leilão estava programado para acontecer e ocorreu após Cafu obter uma liminar que suspendeu uma possível carta de arrematação do imóvel.
A mansão vale R$ 40 milhões, mas seria colocada à venda pela metade do preço.
Em sua última manifestação no processo, no dia 29 de abril, a defesa de Cafu pediu que seja feito um levantamento “das excessivas penhoras e constrições legais existentes no processo”.
A mansão de Cafu abrange uma área de 2.581 m², distribuída em quatro andares, e conta com seis suítes. Além disso, possui instalações como piscina, quadra de futebol society, salão de jogos, sala de cinema, sala de troféus, saunas e elevador.
O ex-jogador não nega a dívida e quer evitar o leilão da mansão, com o argumento de que é sua residência e, como bem de família, não pode ser expropriada. Além disso, afirma que o pagamento do débito estaria garantido por outros bens.
Cafu não contesta a existência da dívida e busca evitar o leilão de sua mansão, argumentando que é sua residência e, portanto, um bem de família que não pode ser expropriado. Ele também assegura que o pagamento do débito estaria garantido por outros ativos.