Mercado

Caixa e setor imobiliário se unem para pressionar BC

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas estão em queda

Os representantes das construtoras obtiveram um apoio significativo em sua solicitação de redução das reservas compulsórias bancárias como uma medida para estimular os financiamentos imobiliários. Recentemente, a Caixa Econômica Federal apresentou essa mesma proposta ao Ministério da Fazenda. De acordo com a presidente do banco, Rita Serrano, a discussão agora envolverá também o Banco Central (BC)

Essa demanda tem sido defendida pelas empresas desde o início do ano, embora até o momento não tenha sido acatada pelas autoridades monetárias.

“É necessário repensar o compulsório. Propusemos liberar o compulsório desde que vinculado ao financiamento imobiliário”, disse Serrano na terça-feira, 26, ao participar de um fórum organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e que reuniu mais de 600 agentes do mercado na capital paulista.

Mercado imobiliário

Nesse sentido, a presidente da Caixa admitiu que o crédito imobiliário tem sido afetado pela perda de recursos da caderneta de poupança, que é a principal fonte de dinheiro para abastecer os empréstimos destinados à compra e à construção de moradias. “Já listei para o presidente do Banco Central (Roberto Campos Neto) a necessidade de repensar o produto poupança para que volte a ser atrativo”, acrescentou.

A notícia do apoio da Caixa é muito boa”, afirmou o presidente da Abrainc, Luiz França. “O pedido partindo de um agente desse porte, líder em crédito imobiliário, engrossa a demanda existente no mercado.”

A notícia do apoio da Caixa é muito boa”, disse o presidente da Abrainc, Luiz França. “O pedido partindo de um agente desse porte, líder em crédito imobiliário, engrossa a demanda existente no mercado.”

Conforme as diretrizes estabelecidas pelo Banco Central, 65% dos fundos provenientes da caderneta de poupança são alocados para financiamentos imobiliários, enquanto 20% são reservados como uma reserva de liquidez, na forma de depósitos compulsórios. Os 15% remanescentes ficam à disposição das instituições financeiras para uso geral.

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