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Caixa vai testar pagamento do Bolsa Família com Drex, diz diretor

A projeção é que 5% da base total de beneficiários do Bolsa Família poderá receber o valor via Drex

O superintendente nacional da Caixa Econômica Federal, Rafael Dias Silva, anunciou durante o evento “Drex & Beyond”, realizado em São Paulo pela Microsoft e a Hamsa, que os testes para o pagamento do Bolsa Família via real digital, denominado Drex, devem ser iniciados entre os meses de abril e maio.

Silva estima que cerca de 5% de todos os beneficiários do Bolsa Família poderão receber o valor através do Drex. De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, a Caixa está considerando a opção de realizar o depósito do benefício em um cartão, que poderá ser utilizado mesmo em locais sem conexão com a internet.

Segundo Silva, a nova funcionalidade será benéfica ao impulsionar as economias regionais, permitindo transações com pequenos negócios. Isso evitará que beneficiários que vivem em áreas remotas, como comunidades ribeirinhas, precisem se deslocar para cidades maiores apenas para sacar o valor e realizar suas compras.

Essas informações corroboram o anúncio feito em julho de 2023 por Maria Rita Serrano, na época presidente da Caixa, sobre a possibilidade de pagamentos de benefícios sociais e trabalhistas através do Drex no futuro.

“A Caixa está em 99% dos municípios brasileiros e tem 155 milhões de clientes. É um grande celeiro para testar soluções”, acrescentou Serrano na ocasião.

CVM julga Caixa Econômica em caso de fraude em fundos

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está programada para julgar nesta terça-feira (27), um caso que investiga a atuação da Caixa Econômica Federal em relação à gestão fraudulenta em fundos de investimentos em participações (FIPs) que receberam investimentos da Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa).

Entre os acusados e investigados pela CVM, estão a OAS Investimentos e OAS Empreendimentos (a empresa foi renomeada como Metha) e a Nova Participações, que controla a Engevix, juntamente com indivíduos envolvidos no caso.

No processo sancionador, a Superintendência de Relações com Investidores Institucionais (SIN) analisou quatro FIPs: Cevix, OAS-E, Sondas e Operações Industriais.

Esses fundos foram objeto de investigação na CPI dos Fundos de Pensão em 2015 e também foram alvo da Operação Greenfield, conduzida pela Polícia Federal, que investigou desvios em entidades fechadas de previdência.