O dólar americano sofreu forte desvalorização no primeiro semestre de 2025 e, segundo a UBS, a tendência é que a fraqueza continue no segundo semestre. Os dados macroeconômicos concretos dos EUA devem ser o principal fator para isso. Informações são do Investing.com.
Segundo a nota dada pela UBS, a velocidade e a dimensão dos ganhos contra o USD foram impulsionadas por fatores específicos de cada moeda. “Moedas europeias se beneficiaram significativamente da mudança fiscal da Alemanha, enquanto o desempenho fraco do CNY e preocupações gerais com crescimento mantiveram as moedas asiáticas mais contidas. A fraqueza em moedas-chave da América Latina durante o segundo semestre de 2024 permitiu uma maior reversão do BRL e MXN no primeiro semestre deste ano”, afirmou o UBS em nota.
No Brasil, a divisa caiu para o menor valor desde agosto de 2024, custando R$5,4191 na venda. No acumulado do semestre, a moeda já recuou 12,3%.
Diante dos atuais e elevados desafios fiscais dos EUA e o crescimento do país desacelerando, a fraqueza generalizada do dólar deve continuar no segundo semestre de 2025.
“No entanto, como as expectativas de crescimento dos EUA já diminuíram e o USD já reflete rendimentos americanos significativamente mais baixos em relação ao resto do mundo, a próxima queda do USD pode ser menos pronunciada. “, acrescentou o a instituição.
O UBS espera que os dados macroeconômicos dos Estados Unidos no segundo semestre sejam o pigmento que dará o tom para o dólar estadunidense. Com as baixas expectativas de crescimento do país, é improvável que os próximos dados façam os economistas revisarem suas previsões ainda mais para baixo, ao contrário do que ocorreu no início de 2025.
“Acreditamos que o EUR é a moeda padrão de escolha para muitos investidores que apostam contra o USD. Nosso ponto de gravidade para o EURUSD ao longo do nosso horizonte de previsão é 1,20. Na Europa, também favorecemos o NOK. Na Ásia emergente, nosso foco está no KRW e SGD, enquanto na América Latina, preferimos o MXN pelo carry”, disse o UBS