Donald Trump

Dólar cai 1,14%, a R$ 6,11, em meio a notícias sobre tarifa dos EUA

A tarifação universal prometida por Trump é um elemento de preocupação para o mercado

Cédulas de dólar/ Foto: Freepik
Cédulas de dólar/ Foto: Freepik

O dólar comercial voltou a cair mais de 1% nesta segunda-feira (6), após o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, refutar uma reportagem do jornal The Washington Post que afirmava que seus assessores estavam explorando planos tarifários que abririam somente importações de setores críticos.

“A matéria do Washington Post, citando as chamadas fontes anônimas, que não existem, afirma incorretamente que minha política tarifária será reduzida. Isso está errado. O Washington Post sabe que está errado. É apenas mais um exemplo de Fake News”, escreveu ele em uma publicação na plataforma Truth Social. As informações são do InfoMoney.

O dólar à vista fechou com queda de 1,11%, a R$ 6,1143.

O plano seria menos restritivo do que o proposto por Trump durante a campanha, como apontou a reportagem. Segundo fontes próximas ao assunto ouvidas pelo jornal, ainda não está claro quais seriam os setores afetados.

A tarifação universal prometida por Trump é um elemento de preocupação para o mercado, seja na ponta dos países exportadores, que podem ter de arcar com custos maiores para a venda dos produtos, seja para os EUA.

Dólar atinge maior valor com perspectivas de crescimento dos EUA

dólar atingiu seu nível mais alto desde novembro de 2022 nesta quinta-feira, 2 de janeiro de 2025, no primeiro dia de negociações do ano. Esse movimento reflete as expectativas de que o crescimento econômico dos Estados Unidos supere o de outras economias, mantendo as taxas de juros do Federal Reserve (Fed) elevadas, segundo a agência de notícias Reuters.

Em dezembro, o Fed indicou que adotará uma abordagem cautelosa na redução das taxas de juros, citando a inflação ainda acima da meta de 2% e uma economia robusta. Além disso, as políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, são vistas como potencialmente impulsionadoras do crescimento econômico, podendo aumentar as pressões inflacionárias.

Adam Button, analista-chefe de moedas da ForexLive, destacou que, em termos de crescimento econômico para 2025, o dólar não enfrenta concorrentes. Ele observou que os fluxos de capital no início do ano favorecem os mercados acionários dos EUA, que têm superado outros mercados globais. Button acrescentou que o dólar deve permanecer forte até que haja uma desaceleração significativa na economia americana.

Dados recentes reforçam essa perspectiva. O número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caiu inesperadamente na semana passada, indicando um mercado de trabalho sólido e demissões em níveis baixos no final de 2024.

O índice do dólar, que mede a moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas, subiu 0,47%, atingindo 109,050 pontos. Enquanto isso, espera-se que o Banco Central Europeu realize cortes significativos nas taxas de juros em 2025, com o mercado precificando pelo menos quatro reduções de 25 pontos-base. Em contraste, os investidores não estão tão certos sobre a possibilidade de dois cortes semelhantes pelo Fed.