Federal Reserve

Dólar sobe para R$ 5,74 após decisão do Fed e à espera do Copom

O dólar à vista fechou com alta de 0,58%, a R$ 5,7445. Em três pregões, a moeda acumulou elevação de 1,56%

Foto: CanvaPro/Dólar
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O dólar registrou sua terceira sessão consecutiva de ganhos nesta quarta-feira (7). A divisa norte-americana superou os R$ 5,75, com as cotações no Brasil acompanhando o avanço da moeda dos EUA ante outras divisas no exterior. A sessão foi marcada pela decisão do Fed (Federal Reserve) sobre juros, à tarde, e pela expectativa em torno do anúncio da Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, à noite.

O dólar à vista fechou com alta de 0,58%, a R$ 5,7445. Em três pregões, a moeda acumulou elevação de 1,56%. No entanto, no acumulado do ano, ainda registra queda de 7,03%.

O que mais pesou nos mercados nesta quarta-feira foi a expectativa em torno do primeiro encontro entre o secretário do Tesouro dos EUA e o vice-primeiro-ministro da China. Além disso, segundo o InfoMoney, também influenciaram a movimentação o corte de juros e do compulsório na China, além de um possível acordo de cessar-fogo entre os EUA e os rebeldes houthis no Iêmen.

O diálogo entre EUA e China pode representar um primeiro passo rumo à conclusão da guerra comercial entre as duas potências, conflito que tem afetado a economia global.

Guerra tarifária dos EUA compromete confiança no dólar

A guerra tarifária promovida pelos EUA comprometeu a credibilidade do dólar e enfraqueceu o conceito de “excepcionalismo americano”, segundo análise do HSBC. O banco britânico revisou sua perspectiva para a moeda norte-americana, adotando uma visão pessimista de médio prazo. 

De acordo com estrategistas do banco, a política comercial dos EUA, marcada por tarifas imprevisíveis e uma abordagem econômica questionável, minou a confiança internacional no dólar. Antes considerado um porto seguro e símbolo de estabilidade, o dólar agora enfrenta incertezas que reduzem sua atratividade.

“Também parece improvável que a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) de 7 de maio mude o humor do mercado, já que a provável pausa na política está praticamente precificada”, complementa a instituição.