Superação

Ouro bate recorde e prata atinge máxima em 14 anos

Rali do ouro reflete demanda institucional e de BCs à medida que investidores saem dos juros dos Treasuries, pondera o Swissquote, em nota

Ouro/ Foto: Freepik
Ouro/ Foto: Freepik

O ouro fechou em alta nesta terça-feira (2) e renovou sua máxima histórica, com o sentimento de risco nos dois lados do Atlântico diante da escalada de rendimentos soberanos nos EUA e na Europa. A prata também seguiu o movimento e alcançou o maior nível em 14 anos.

O ouro com vencimento em dezembro fechou em alta de 2,16%, a US$ 3.592,2 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), depois de renovar recorde a US$ 3.595,0. Na segunda-feira (1º), o ouro operou em pregão eletrônico, devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA.

A prata em dezembro teve ganho 2,13%, a US$ 41,59 a onça-troy, depois de bater máxima a US$ 41,99 a onça-troy.

O rali do ouro reflete a demanda institucional e de BCs à medida que investidores saem dos juros dos Treasuries, pondera o Swissquote, em nota. O banco suíço aponta que as preocupações com a dívida fiscal, rebaixamento de ratings, tensões comerciais e riscos geopolíticos estão acelerando a busca pelo metal precioso. Observa ainda que as reservas de ouro de alguns BCs já ultrapassaram a participação de Treasuries neste ano.

Outros metais preciosos também dispararam nos últimos dias. O Commerzbank aponta que os preços da prata subiram ao maior nível em 14 anos e ultrapassaram a marca de US$ 40 a onça-troy pela primeira vez desde 2011, graças em parte à significativa desvalorização do metal em comparação ao ouro. O banco alemão nota que há projeções de déficit na oferta da prata pelo quinto ano consecutivo.