O ouro fechou a sexta-feira (5) em alta e voltou a renovar recordes, após dados fracos de emprego dos EUA impulsionarem as expectativas por corte de juros do Fed (Federal Reserve). Investidores também monitoram a demanda por bancos centrais e a desvalorização do dólar e dos rendimentos dos Treasuries.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro encerrou em alta de 1,29%, a US$ 3.653,30 por onça-troy, renovando maior nível histórico de fechamento, além de recorde de máxima a US$ 3.655,50 a onça-troy. Na semana, o metal precioso subiu 3,90%.
O ouro reverteu perdas e firmou ganhos nesta sexta-feira, em reação ao principal relatório de empregos dos EUA, conhecido como payroll. O documento mostrou criação de empregos abaixo da prevista e aumento na taxa de desemprego em agosto, impulsionando a precificação para cortes de juros pelo Fed até dezembro.
Ouro bate recorde e prata atinge máxima em 14 anos
O ouro fechou em alta nesta terça-feira (2) e renovou sua máxima histórica, com o sentimento de risco nos dois lados do Atlântico diante da escalada de rendimentos soberanos nos EUA e na Europa. A prata também seguiu o movimento e alcançou o maior nível em 14 anos.
O ouro com vencimento em dezembro fechou em alta de 2,16%, a US$ 3.592,2 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), depois de renovar recorde a US$ 3.595,0. Na segunda-feira (1º), o ouro operou em pregão eletrônico, devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA.
A prata em dezembro teve ganho 2,13%, a US$ 41,59 a onça-troy, depois de bater máxima a US$ 41,99 a onça-troy.
O rali do ouro reflete a demanda institucional e de BCs à medida que investidores saem dos juros dos Treasuries, pondera o Swissquote, em nota. O banco suíço aponta que as preocupações com a dívida fiscal, rebaixamento de ratings, tensões comerciais e riscos geopolíticos estão acelerando a busca pelo metal precioso. Observa ainda que as reservas de ouro de alguns BCs já ultrapassaram a participação de Treasuries neste ano.
Outros metais preciosos também dispararam nos últimos dias. O Commerzbank aponta que os preços da prata subiram ao maior nível em 14 anos e ultrapassaram a marca de US$ 40 a onça-troy pela primeira vez desde 2011, graças em parte à significativa desvalorização do metal em comparação ao ouro. O banco alemão nota que há projeções de déficit na oferta da prata pelo quinto ano consecutivo.