Câmbio

Peso argentino foi a moeda que mais desvalorizou frente ao dólar

O real foi a quarta moeda que mais valorizou no ranking, com avanço de 14,08%.

peso argentino
Peso argentino e real (Foto: reprodução/Pixabay)

O peso argentino foi a moeda que mais desvalorizou em comparação com o dólar em 2025. Até a segunda-feira (8), o peso acumulou uma queda de 27,4% diz um levantamento da consultoria Elos Ayta com as principais divisas do mundo. Informações via B3 Bora Investir.

O resultado é um reflexo da alta inflação, da falta de confiança dos investidores e das dificuldades econômicas do país, diz a consultoria.

O rublo russo, por outro lado, valorizou 33,99% em relação ao dólar. Na sequência de moedas que mais valorizaram estão a coroa sueca (17,84%) e o franco suíço (15,19%).

De todas as 27 moedas analisadas, cinco registraram perdas neste ano. Além do peso argentino, as moedas que desvalorizaram foram a lira turca (-14,35%), a rúpia indiana (-2,84%), a rúpia indonésia (-1,75%) e o dólar de Hong Kong (-0,39%).

A queda do peso é quase o dobro da segunda pior moeda no ranking, a lira turca, o que coloca a Argentina em uma posição isolada em relação às perdas.

E o Real?

O real foi a quarta moeda que mais valorizou no ranking, com avanço de 14,08%.

“O desempenho do real brasileiro é notável. Apesar dos desafios fiscais e políticos, a moeda conseguiu se valorizar de forma expressiva, impulsionada pelo ingresso de capital estrangeiro e pelas altas taxas de juros, que tornam a renda fixa brasileira mais atrativa para investidores internacionais”, aponta Einar Rivero, da Elos Ayta.

Dólar no mundo

O estudo da Elos Ayta também analisou o desempenho do DXY, índice que mede a força do dólar em comparação com outras moedas fortes, como euro e libra. O DXY caiu 10,18% em 2025, reforçando que o dólar perdeu força no cenário internacional.

A fraqueza do dólar ajuda a explicar a ascenção de diversas moedas globais neste ano. No entanto, o caso da Argentina se diferencia, pois o peso seguiu em forte queda mesmo com o dólar enfraquecido., o que evidencia as profundas fragilidades da economia do país vizinho.