Prata (Foto: Walter Freudling/Pixabay)
Prata (Foto: Walter Freudling/Pixabay)

A prata renovou o recorde de fechamento e se aproxima da máxima histórica. O metal para dezembro subiu 3,11%, com a onça-troy a US$ 48,99, substituindo o recorde de 1980, quando fechou a US$ 48,70 a onça-troy.

A prata acompanha o movimento de valorização do ouro e da platina diante das incertezas globais, disse o E-Investidor.

O ouro encerrou em alta pela quarta sessão consecutiva. Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro fechou com crescimento de 1,65%, no nível inédito de US$ 4.070,50 por onça-troy, depois de renovar a máxima de US$ 4.081,00 durante a sessão. Nesta semana, o outro quebrou o teto dos US$ 4 mil pela primeira vez.

Por sua vez, a platina também está próxima de registrar um novo recorde de valorização. O metal para dezembro fechou em alta de 3,09%, a US$ 1.700,80 a onça-troy, na Comex. A platina já tem um avanço de 86,59% até o momento, caminhando para bater o recorde de valorização anual estabelecido em 1979, de 98%, segundo levantamento do Wall Street Journal. 

Ainda assim, o metal precioso continua distante da máxima histórica de US$ 2.267,10 a onça-troy, estabelecida em 2008.

Desvalorização de moedas e alerta

O Swissquote Bank apontoa que o enfraquecimento de moedas globais é um dos motivos da alta dos metais. “Ativos sem ligações com governos, como ouro e bitcoin, estão recebendo novas entradas de capital”.

Por outro lado, Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, chama a atenção para esse e outros fenômenos associados à desvalorização das moedas.

“O desequilíbrio inflacionário no mundo é geral, e a medida de controle adotada de maneira unânime foi o aumento das taxas básicas de juros. Porém, mesmo com essas ações, vemos uma inflação persistente, e o resultado que outrora já foi mais efetivo parece não estar surtindo o efeito desejado, pelo menos não no prazo imaginado”, analisou. “Se recorrermos a eventos históricos, bolsas nas máximas e ouro nas máximas, em certos momentos, precederam grandes crises.”