A Camil Alimentos (CAML3) divulgou, na quinta-feira (14), que registrou lucro líquido de R$ 96,8 milhões no primeiro trimestre de 2022 no ano fiscal (referente aos meses de março a maio), o que representa uma queda de 10,5% na comparação anual. Nesta sexta-feira, as ações da Camil encerraram em queda de 12,88%, a R$ 9,67.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 244,6 milhões no trmestre, alta de 33% ante o mesmo período de 2021. As despesas da Camil chegaram a R$ 84,9 milhões, 239,4 milhões a mais que no primeiro trimestre do ano passado.
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De acordo com a companhia, o resultado é consequência do aumento nas taxas de juros, que afetou o endividamento da empresa após aquisições. O aumento refletiu, principalmente “efeitos decorrentes do crescimento das despesas com juros sobre empréstimos, devido ao aumento da taxa de juros, e pela variação cambial e monetária no período”, afirmou.
A receita líquida alcançou R$ 2,397 bilhões, 6,2% a mais que no primeiro trimestre do ano passado. A alta foi impulsionada pela divisão Alimentício Brasil (responsável por R$ 1,867 bilhão, alta de 6,4%), influenciada pelo aumento das vendas de grãos e açúcar e a inclusão de massas e café ao portfólio.
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Já a divisão Alimentício Internacional, com operações no Uruguai, Chile, Peru e Equador, houve alta de 5,2%, para R$ 529,3 milhões. O destaque foi o aumento das vendas no Uruguai, sobretudo do arroz, e a entrada no mercado de cereais no Equador.
“A rentabilidade do período e integração ágil das aquisições foram parte das grandes conquistas do período”, destacou a empresa de alimentos no relatório.
A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) foi de 10,2%, alta de 2,1 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2021. Os volumes de venda registrados pela Camil apresentaram alta de 7,8% em relação ao trimestre anterior.
