Camil pode subir 38,2%, mas BofA não recomenda compra

Analistas destacam que alta da inflação e variação dos preços das commodities podem ser risco para a produtora

O Bank of America (BofA) estimou preço-alvo de R$ 13 para as ações da maior produtora de arroz e feijão do Brasil, a Camil. O valor corresponde a uma alta de 38,2% em relação à cotação desta quinta-feira (25), de R$ 9,40. Apesar do forte potencial, os analistas do BofA mantiveram a recomendação neutra para os ativos e destacaram que a alta da inflação pode prejudicar a companhia.

O BofA reconhece os avanços da Camil. Após duas aquisições, da empresa Santa Amália, do setor de massas, e da Dejahu, do Equador, e de assumir a marca Café Seleto, da JDE, a companhia estreia uma nova fase financeira e operacional, segundo os analistas.

“Na nossa visão, a Camil está finalmente entregando o que era esperado com o IPO, entrando em novos setores e fortalecendo sua presença internacional”, escreveram os analistas, em relatório. O BofA destaca ainda que a Camil deve alcançar receita de R$ 9 bilhões neste ano, o que é um marco para a empresa. 

No entanto, apesar de a Camil ter uma boa oportunidade de crescimento, o BofA observa um risco de execução das novas atividades da companhia, em especial em um momento de inflação alta.

Os analistas também apontam como riscos para a companhia a redução no preço das commodities e o ambiente mais competitivo no ramo de açúcar.

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