O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira que a inflação acumulada em 12 meses no Brasil voltou a apresentar números mais elevados, mas a expectativa da autarquia é de que as próximas leituras sejam mais baixas.
Durante o evento Barclays Day, realizado pelo Banco Barclays em São Paulo, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, reiterou que a instituição não se comprometeu com nenhuma sinalização específica para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Campos Neto ressaltou que os dirigentes da autarquia adotarão uma postura de “observação dos dados” para definir os próximos passos da política monetária.
Lula pode indicar substituto de Campos Neto em agosto
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que precisa indicar o novo presidente do BC (Banco Central), em substituição ao atual chefe da Casa, Roberto Campos Neto, “agora” para que a alteração do cargo ocorra no final do ano.
Membros da ala política do governo já montam uma estrutura de acordo para que a indicação do novo presidente do BC aconteça em agosto, na mais tardar em setembro, antes das eleições municipais em outubro, segundo apuração do “Broadcast Político”.
“Estou trocando o presidente do Banco Central. Tenho que indicar o presidente do Banco Central agora, porque será substituído no final do ano”, comentou Lula na “Radio T”, nesta quinta-feira (15).
Além de enfraquecer o poder de Campos Neto na instituição, visto que o executivo tem sido alvo constante de críticas por Lula devido ao patamar elevado da Selic (taxa básica de juros), o objetivo do plano traçado para antecipar o nome do Banco Central para agosto visa também um cálculo econômico, segundo o veículo.
Surpresas e efeitos negativos na economia brasileira podem ser evitados se a divulgação do novo indicado do presidente ao cargo no BC antecipar o fim do mandato de Campos Neto.