Mercado

Campos Neto reitera dois cortes de 0,50 pp da Selic 

O presidente do BC diz ser difícil indicar fim do ciclo

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou, na noite de terça-feira (21), que é difícil prever o ponto final do ciclo de redução da taxa básica Selic. No entanto, ele enfatizou que a redução de 0,50 ponto percentual é a medida adequada para as próximas duas reuniões de política monetária, programadas para dezembro e janeiro.

“Agora iniciamos o processo de cortes das taxas. É difícil dizer a você onde isso vai terminar, creio que isso depende de vários diferentes fatores, mas acho que o Brasil está fazendo certo. Estou confiante de que seremos capazes de estabilizar a inflação”, afirmou Campos Neto durante entrevista ao canal asiático da Bloomberg TV.

“A única coisa que podemos dizer é que o corte de 0,50 ponto é o apropriado a seguir nas próximas duas reuniões. Depois disso, irá depender de várias coisas”, acrescentou.

Corte da taxa de juros

As declarações de Campos Neto surgem em um contexto em que a perspectiva predominante no mercado brasileiro aponta para dois cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, programados para ocorrerem em dezembro e janeiro. Essa projeção está alinhada com as comunicações recentes do Banco Central. No momento, a Selic está estabelecida em 12,25% ao ano.

No mercado financeiro, a dúvida é exatamente sobre qual será a Selic termina, ou seja, qual será a taxa básica quando o BC encerrar o atual ciclo de cortes.

Durante a entrevista, Campos Neto declarou que o Banco Central tem a possibilidade de continuar reduzindo a taxa básica, destacando que a inflação no Brasil está sob controle. Contudo, ele indicou que os cortes nas reuniões subsequentes a janeiro serão influenciados por variáveis como a situação geopolítica global e os preços do petróleo.

Por fim, Campos Neto pontuou ainda que a economia brasileira tem visto revisões ascendentes de crescimento, ainda que os juros sigam em patamares altos. Além disso, afirmou que o fluxo de dólares para o Brasil tem sido forte, citando o bom desempenho da agricultura.

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