A Captalys, fundada em 2010, teve um dia de perdas nesta quinta-feira (22). O fundo Orion, principal ativo da gestora de crédito, que possuía um patrimônio líquido de R$ 1,75 bilhão, sucumbiu para cerca de R$ 1,5 bilhão.
De acordo com a presidente-executiva e co-fundadora da Captalys, Margot Greenman, apesar das perdas, o Orion ainda tem rentabilidade equivalente a 64% do CDI (Certificados de Depósito Interbancário) em 2022.
“O fundo vem desempenhando pior do que no seu histórico, o que deixou alguns cotistas insatisfeitos”, afirmou Greenman ao portal “Reuters”. “Houve alguns pedidos de resgate”, acrescentou.
Pelas regras do fundo, os agentes financeiros têm quatro janelas trimestrais no ano para pedir resgates, com os pedidos totais não podendo superar em cada uma o equivalente a 20% do patrimônio.
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Além disso, fontes afirmaram ao blog “Radar Econômico” que 150 funcionários foram dispensados nos últimos dias. De acordo com o blog, grupos de WhatsApp de investidores especulam que o motivo da queda seria a desistência da abertura de capital por parte da empresa em março deste ano.
“Foi o maior problema. Funcionários colocaram dinheiro lá dentro, dinheiro da vida de alguns, esperando que fosse sair o IPO”, afirmou um investidor que prefere não se identificar.
“A Captalys não fez esses desligamentos citados e não emitiu debênture cujo pagamento deixou de ser feito”, afirmou a Captalys em comunicado para o “Radar Econômico”.
A gestora foi fundada em 2010 e intermedeia operações de crédito para empresas brasileiras de médio porte. Ela usa um software para originar, precificar operações de empréstimos, além de infraestrutura para cobrança e gestão dos créditos, que são empacotados e vendidos no mercado de capitais.
Em 2021, a Captalys chegou a pedir IPO (oferta inicial de ações), buscando expandir sua plataforma digital de infraestrutura de crédito organicamente e via aquisições. No entanto, o plano foi suspenso por conta da piora das condições do mercado.
