Temporada de balanços

Carrefour (CRFB3) acumula queda de 13% após divulgar balanço 

Analistas dizem que não era esperado o aumento no desconto de recebíveis da empresa no 2TRI24

Carrefour
Carrefour / Foto: Divulgação

Na sessão desta quinta-feira (25), as ações ordinárias do Carrefour (CRFB3) seguem em ritmo de queda, mantendo a tendência expressa nos últimos pregões desde a divulgação de seus resultados do 2TRI24. Desde a demonstração do desempenho operacional, a cotação da empresa já caiu cerca de 13,4%, o equivalente a quase R$ 3 bilhões de valor de mercado.

O papel lidera as quedas do Ibovespa, por volta das 14h17 (horário de Brasília), caindo 3,44%, a R$ 9,26. No período, o Carrefour teve lucro líquido ajustado de R$ 151 milhões.

Analistas dizem que não era esperado o aumento no desconto de recebíveis do Carrefour no 2TRI24, devido a decisão de vender de forma parcelada na rede Atacadão, de acordo com o “Valor”.

Para melhorar os números, a varejista começou a vender em três vezes sem juros no cartão da rede, o que surtiu efeito positivo na linha. 

Porém o movimento também elevou a despesa financeira de abril a junho, porque o Carrefour precisou descontar mais recebíveis. 

A aceitação de compras a prazo leva à entrada de recursos em parcelas, sendo assim, a empresa desconta mais capital para elevar o caixa. 

Carrefour (CRFB3) tem lucro de R$ 151 mi no 2TRI24

Grupo Carrefour Brasil (CRFB3), proprietário do Atacadão, apresentou um aumento anual de 412,5% no lucro líquido ajustado no segundo trimestre de 2024, somando R$ 151 milhões. Este avanço, segundo a empresa, é reflexo da otimização de custos e da exportação eficiente das operações.

O Carrefour Brasil (CRFB3) destacou a performance do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do período, que teve um aumento de 20,2% na comparação anual, totalizando R$ 1,6 bilhões.

O dado foi impulsionado especialmente pelo avanço robusto das vendas e pela captura de sinergias operacionais, principalmente nas lojas convertidas do Grupo BIG e nas iniciativas de redução de despesas.

Em termos de vendas líquidas, a empresa registrou R$ 28,047 bilhões, correspondendo a um aumento de 8,1% em relação ao mesmo período em 2023. Este avanço, de acordo com o “InfoMoney”, pode ser atribuído ao crescimento de vendas nas mesmas lojas e à expansão de formatos de lojas mais rentáveis.