Carrefour (CRFB3) registra alta de 30% nas vendas do 1t23

Além do resultado das vendas, Carrefour informou que a conversão do formato Maxxi para Atacadão foi finalizada

 

O Carrefour (CRFB3) divulgou, nesta segunda-feira (24), relatório com o resultado das vendas no primeiro trimestre de 2023.De acordo com a companhia, as vendas consolidadas totalizaram R$ 27,1 bilhões no 1T23, aumento de 30,7% ao ano, como combinação de crescimento LfL de 5,7% no Cash & Carry (6,5% com efeito calendário), 5,7% de crescimento LfL ex-gasolina no Carrefour Varejo (6,3 % com efeito calendário), expansão orgânica do Atacadão (+3,9%) e integração do Grupo BIG, que representou 17,3% do crescimento total (incluindo efeito conversão). 

A empresa ressalta que o desempenho foi alcançado em um período marcado por um ambiente macroeconômico desafiador devido a alguns fatores como a desaceleração da inflação de alimentos, especialmente em algumas commodities, cenário competitivo mais acirrado, especialmente no formato Cash & Carry, no qual os concorrentes adicionaram mais de 100 lojas nos últimos 12 meses, e uma forte base de comparação, especialmente no Atacadão.

O GMV total atingiu R$ 1,6 bi no 1T23, crescendo 43% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado tanto pela categoria alimentar quanto pela categoria de não alimentar, que cresceu 24% durante o ano.

Ainda no comunicado, o Carrefour estima que até o final de junho deste ano, concluirá a conversão do total de 124 lojas, seis meses antes do cronograma inicial.A companhia também informa que nos três primeiros meses de 2023 abriu 23 lojas convertidas para o formato Atacadão, das quais 21 eram originalmente Maxxi. Com isso, a conversão do formato Maxxi para Atacadão foi finalizada. Das 58 lojas Maxxi, 46 foram convertidas em lojas Atacadão e 2 serão convertidas em Sam’s Club. As 10 lojas restantes estão em processo de fechamento. 

No pregão do Ibovespa desta segunda-feira (24), o Carrefour fechou com alta de 1,43% com cotação a R$ 10,65.

 

Carrefour: UBS-BB corta recomendação de compra

Na semana passada, as ações do Carrefour tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo UBS BB. A casa ainda cortou o preço-alvo dos papéis de R$ 21,00 para R$ 13,00.

De acordo com os analistas do banco suíço, os custos de integração do Grupo BIG contribuíram para a pressão de margem Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) de cerca de 1,50 ponto percentual do grupo no quarto trimestre de 2022, uma tendência que o USB BB considera que deve se manter, na medida em que a conversão de bandeiras de lojas leva tempo de maturação.

“Notadamente, as provisões de contingências trabalhistas aceleraram desde a consolidação do BIG”, escreveram os analistas da instituição financeira em relatório.

“Enquanto isso, quase 75% da dívida de R$ 14 bilhões do grupo vence no curto prazo. Ainda que consideremos que o Carrefour tem uma alavancagem altamente administrável, a necessidade de refinanciamento a juros altos pode pressionar ainda mais o lucro por ação”, acrescentaram.

Em contrapartida, o banco considera que uma monetização de ativos imobiliários e a perspectiva de crescimento da marca Sam’s Club podem ajudar na composição de valuation do Carrefour.