Apesar de ter apresentado um crescimento de 412,5% no lucro líquido ajustado no segundo trimestre de 2024, a R$ 151 milhões, a ação do Carrefour (CRFB3) era a maior queda do Ibovespa no início do pregão desta terça-feira (23), com recuo de 4%.
Ao longo da teleconferência de gestores da companhia com analistas, o ritmo de perdas reduziu, mas o papel do Carrefour (CRFB3) ainda está em baixa. Às 12h50 (horário de Brasília), a queda era de 2,43%, cotado a R$ 10,46.
Na avaliação do Itaú BBA, embora a empresa tenha apresentado um bom desempenho operacional no 2TRI24, a dívida, resultado de uma pior tendência de capital de giro, é ponto de atenção.
Apesar disso, os analistas destacaram as melhorias do Carrefour e reforçaram a boa perspectiva para os próximos trimestres.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para Carrefour Brasil, com preço-alvo em R$ 15,50.
Teleconferência Carrefour (CRFB3)
Durante a teleconferência com analistas, o CEO do Carrefour (CRFB3), Stéphane Maquaire, disse que o grupo trabalha para vender posição minoritária na sua área de propriedades, que inclui as áreas livres dos hipermercados Carrefour e do Atacadão, as galerias de lojas anexas e os espaços de estacionamento.
São cerca de 200 imóveis que podem ser foco dessa operação, numa negociação em andamento com fundos e construtoras interessadas. O plano foi anunciado em 2022 e, até o momento, não foram comunicados avanços.
A companhia anunciou ainda que espera converter 40 hipermercados em lojas Atacadão e Sam’s Club entre 2024 e 2026. Quanto à abertura de lojas, o grupo falou sobre a projeção de 20 novos Atacadão e de sete a nove lokas Sam’s Club em 2024.
O CEO do Carrefour comentou ainda sobre a previsão de corte de custos este ano, mas obter “resultados históricos”.
“Vamos ter reforço em corte de custos nos próximos meses; e com vendas maiores, voltaremos a acelerar para resultados históricos”, disse a analistas Stéphane Maquaire, CEO da companhia.