Após boicote

Carrefour Brasil deve normalizar abastecimento no curto prazo

As lojas da rede pararam de receber carne bovina na quinta-feira (21)

Carrefour (CRFB3) / Foto: Divulgação
Carrefour (CRFB3) / Foto: Divulgação

O Carrefour Brasil deve normalizar o abastecimento nas lojas do grupo no curto prazo, afirmou a companhia em um fato relevante publicado nesta terça-feira (26), após o CEO da empresa ter pedido desculpas por suas declarações sobre a carne brasileira.

“O grupo Carrefour Brasil trabalha intensamente na resolução da situação junto aos fornecedores e espera a normalização do abastecimento no curto prazo para mitigar impacto aos consumidores”, disse a empresa.

Os supermercados Carrefour, além do Atacadão e Sam’s Club (que também são do grupo), pararam de receber as entregas de carne bovina do Brasil na última quinta-feira (21).

Caso Carrefour (CRFB3): CEO envia carta de desculpas

O CEO do Carrefour (CRFB3), Alexandre Bompard, enviou uma carta de desculpas ao ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro, após o anúncio de que as lojas da França deixariam de comercializar a carne do Mercosul. A informação foi publicada pelo NeoFeed, que teve acesso à carta na íntegra.

Ao anunciar a suspensão da compra de carnes do Mercosul, Bompard disse que decisão foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” dos agricultores franceses, que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

O executivo afirmou ainda que o acordo traria o “risco de a produção de carne que não cumpre com seus requisitos e padrões se espalhar pelo mercado francês”, colocando em dúvida o padrão de qualidade das proteínas da organização sul-americana.

Na carta endereçada ao ministro brasileiro, Alexandre Bompard esclareceu que a decisão do Carrefour França “não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que seguem as preferências regionais de nossos clientes”.

O CEO do Carrefour concluiu a mensagem reiterando “o compromisso de longo prazo ao lado da agricultura e dos produtores brasileiros”.