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Casas Bahia (BHIA3): ações desabam após corte de preço do Citi

Os papéis da companhia recuaram 8,19% cotados a R$ 0,56.

As ações da Casas Bahia (BHIA3) lideraram as perdas do Ibovespa na sessão desta sexta-feira (13). Os papéis da companhia recuaram 8,19% cotados a R$ 0,56. 

O drástico recuo se deu após o Citi anunciar o corte no preço-alvo das ações do grupo em quase 70%, passando de R$ 2,30 para R$ 0,70 – ainda um potencial de alta de 15% frente ao fechamento da quarta-feira (11). O movimento aconteceu após o encontro com a nova gestão da companhia.

No entanto, a recomendação para ações da Casa Bahia foi mantida como neutra/alto risco pelo banco. Nesse sentido, os analistas do Citi destacam que a companhia está “de volta ao básico” com uma estrutura mais leve, mas os ventos macroeconômicos contrários persistem.

Encontro com a nova gestão

A reunião do Citi envolveu o CEO Renato Franklin, o CFO Elcio Ito e o responsável pelas áreas de Cadeia de Suprimentos, Relações com Investidores, Comunicações e ESG do grupo, Sergio Leme. O objetivo do encontro foi abordar a estratégia e a alocação de capital após a conclusão da oferta subsequente de R$ 623 milhões, cujo preço foi definido em 14 de setembro.

De acordo com os analistas, a gerência emitiu um discurso consistente e “fundamentado” e reforçou suas prioridades para o curto e médio prazos. Ou seja, controlar contingências trabalhistas e extrair economias de SG&A (custos de vendas, gerais e administrativos).

A meta é ampliar a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) sem depender de uma significativa recuperação da receita. A gestão da Casas Bahia está também em processo de criação de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para assegurar opções de financiamento para o crediário, ou seja, para o crédito ao consumidor.

“Em resumo, o Grupo Casas Bahia deverá operar sob uma rigorosa disciplina de capital, uma vez que a procura por produtos eletrônicos permanece lenta”, aponta a equipe de análise.