As ações do Grupo Casas Bahia, que subiram significativamente 34% em resposta ao anúncio de recuperação extrajudicial, apesar de abrirem nesta terça-feira (30) em alta, sustentam queda firme.
Às 14h35 (horário de Brasília), as ações da Casas Bahia caiam 4,79%, cotadas a R$ 7,07. Pouco antes de abrir o pregão, na máxima da abertura, chegaram a subir 4,11%, a R$ 7,60. Já às 10h36, novamente em leilão, caíam 1,78%, a R$ 7,17.
O movimento de queda se acentuou por volta das 13h, com os papéis recuando 6,44%, a R$ 6,83.
Vale ressaltar que a queda da ação acompanha o declínio de outros papéis mais sensíveis às taxas de juros, com as taxas do mercado futuro registrando um aumento significativo.
Por exemplo, no mesmo horário, as ações da Magalu (MGLU3) apresentavam uma queda de 6,21%, cotadas a R$ 1,38.
Analistas sobre ação
O Bradesco BBI estabeleceu um preço-alvo de R$ 12, o que implica um potencial de valorização de 64% em relação ao último fechamento.
Enquanto isso, a XP Investimentos definiu um preço-alvo de R$ 8, representando um aumento de pouco menos de 10% em relação ao atual valor da ação.
Casas Bahia (BHIA3) tem estratégia ‘esperta’ e ‘persuasiva’
A medida de recuperação extrajudicial das Casas Bahia (BHIA3) anunciada no fim do último domingo (28) deu conta de movimentar o mercado no início da semana, com os investidores fazendo uma leitura positiva do contexto.
Na Bolsa de Valores brasileira, a B3, os papéis ordinários da varejistas lideraram os ganhos durante a manhã na sessão desta segunda-feira (29), com altas consideráveis, tocando os 20%.
A novidade foi lida como uma estratégia “esperta” e “persuasiva” vindo de uma companhia que pertence a um dos setores mais espinhosos da economia brasileira, que é o varejo.
Ao BP Money, Bruno Corano, economista e investidor da Corano Capital, destaca que o setor de varejo e de eletrodomésticos vem há alguns anos operando com “margens estreitas”, no país. Seja por diversos fatores, que variam dos impactos da pandemia, crise no mercado de chip, à cenário macroeconômico.