Varejistas

Casas Bahia (BHIA3) cobra dívida de aluguel de R$ 9,2 mi das Lojas Leader

São mais de 16 meses de atraso e um pedido de despejo foi feito

Lojas Leader
Foto: Divulgação

O Grupo Casas Bahia (BHIA3) apresentou uma ação de execução contra a Lojas Leader, varejista que está em recuperação judicial, alegando uma dívida de R$ 9,2 milhões sobre alugueis.

Os aluguéis em questão dizem respeito a um espaço de 32 mil metros quadrados, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. São mais de 16 meses de atraso e um pedido de despejo foi feito.

Casas Bahia (BHIA3): justiça aprova recuperação extrajudicial

pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia (BHIA3), para resolver uma dívida de R$ 4,1 bilhões, foi aprovado no dia 29 de abril, pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, de acordo com a “Reuters”.

O mercado viu com bons olhos o negócio proposto pela Casas Bahia, visto que as ações encerraram o pregão com salto de 34% no dia.

No pedido feito à justiça, a varejista citou a sexta, sétima, oitava e nona emissão de debêntures ao mercado. Bem como “certas CCBs emitidas junto a instituições financeiras”, disse a empresa em fato relevante divulgado ao mercado. 

Segundo a Casas Bahia, o plano de resolução das dívidas não engloba os valores operacionais devidos, com fornecedores e parceiros, portanto não impacta trabalhadores ou clientes.

Os dois principais credores da varejista já expressaram apoio ao plano, o Bradesco (BBD4) e o Banco do Brasil (BBAS3). Espera-se que haja homologação do plano em até 40 dias, segundo o presidente-executivo, Renato Franklin. 

Ao BP Money, Bruno Corano, economista e investidor da Corano Capital, destaca que o setor de varejo e de eletrodomésticos vem há alguns anos operando com “margens estreitas”, no país. Seja por diversos fatores, que variam dos impactos da pandemia, crise no mercado de chip, à cenário macroeconômico. 

“Se isso não bastasse, com a oscilação de demanda e com a necessidade de financiamento e caixa, em razão dos altos estoques e de uma operação muito onerosa, essas empresas contraíram dívidas”, explica Corano.