As ações das Casas Bahia (BHIA3), fecharam novamente com queda drástica no pregão do Ibovespa desta segunda-feira (25). Os papéis da varejista despencaram 13,2%, no pior desempenho da sessão e encerrando cotados a R$ 0,59
Com a queda sinuosa, o valor de mercado da companhia ficou em R$ 943 milhões, uma queda de 47% desde a oferta de ações do último dia 13.
Segundo a Bloomberg, desde o pico na pandemia, quando varejistas com operações de e-commerce dispararam, a Casas Bahia já perdeu mais de R$ 32 bilhões em valor de mercado.
Tudo isso ocorre no momento em que a companhia queria “voltar às origens”, captando recursos, implementando uma reestruturação e resgatando seu nome histórico até no código (ticker) de negociação na Bolsa: abandonando o “VIIA3” e adotando o “BHIA3”.
Mas a disposição da companhia para vender ações a apenas R$ 0,80, quando seu preço de tela era R$ 1,11, desceu mal junto aos investidores, que viram no movimento um preocupante indicativo de fragilidade financeira.
Com informações da coluna Capital, do jornal “O Globo”.
BlackRock se desfaz das ações no mercado
A BlackRock comunicou ao mercado, na última quarta-feira (20), que se desfez das ações do Grupo Casas Bahia.
Nesse sentido, a maior gestora do mundo passou a deter 3,569% do capital total. O que equivale a 84.856.652 ações ordinárias. Anteriormente, a posição na varejista era de 5,14%.
De acordo com o Grupo Casas Bahia, este movimento é “estritamente de investimento, não tendo como fim alteração do controle ou da estrutura administrativa da companhia”.
Ibovespa fecha em queda, com China no radar; dólar sobe
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a segunda-feira (25) em queda de 0,07%, aos 115.924 pontos. Já o dólar comercial subiu 0,68%, cotado a R$ 4,96.
O dia foi marcado por um sentimento de pessimismo generalizado no mercado, influenciado por novas notícias negativas sobre o setor imobiliário da China, que enfrenta uma crise financeira há cerca de dois anos.
No fim da semana passada, a gigante imobiliária Evergrande anunciou o cancelamento de um plano de reestruturação da sua dívida de cerca de US$ 35 bilhões.
Já no último domingo (24), a incorporadora anunciou que está impossibilitada de emitir novos títulos de dívidas, que são usados para financiar parte de seus pagamentos.
O setor imobiliário chinês é um dos mais importantes para a economia chinesa e corresponde por uma enorme parcela da demanda por diversos produtos, como o minério de ferro.