Opea e Pentágono

Casas Bahia (BHIA3): recuperação extrajudicial tem pedido de impugnação

Em fato relevante enviado à CVM, a varejista considera os pedidos de impugnações carentes de mérito e espera que sejam rejeitadas

Casas Bahia
Foto: Divulgação

A Casas Bahia (BHIA3) anunciou, na quarta-feira (5), que está enfrentando pedidos de impugnação ao seu plano de recuperação judicial por parte da Opea Securitizadora e a Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.

Em fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a varejista considera os pedidos de impugnações carentes de mérito e espera que sejam rejeitadas.

A Casas Bahia (BHIA3) destaca que o Plano atende a todas as exigências legais aplicáveis e tem o apoio de aproximadamente 55% dos Créditos Sujeitos, suficientes para atender o quórum mínimo necessário para sua homologação na forma da Lei e vinculação aos seus termos de 100% dos Créditos Sujeitos, incluindo as emissões de debêntures representadas por OPEA e Pentágono.

A empresa afirmou que responderá às impugnações dentro do prazo estabelecido por lei e se comprometeu a manter acionistas e o mercado informados sobre quaisquer desenvolvimentos relevantes relacionados ao assunto.

Casas Bahia (BHIA3): justiça aprova recuperação extrajudicial

pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia (BHIA3), para resolver uma dívida de R$ 4,1 bilhões, foi aprovado no dia 29 de abril, pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, de acordo com a “Reuters”.

O mercado viu com bons olhos o negócio proposto pela Casas Bahia, visto que as ações encerraram o pregão com salto de 34% no dia.

No pedido feito à justiça, a varejista citou a sexta, sétima, oitava e nona emissão de debêntures ao mercado. Bem como “certas CCBs emitidas junto a instituições financeiras”, disse a empresa em fato relevante divulgado ao mercado. 

Segundo a Casas Bahia, o plano de resolução das dívidas não engloba os valores operacionais devidos, com fornecedores e parceiros, portanto não impacta trabalhadores ou clientes.

Os dois principais credores da varejista já expressaram apoio ao plano, o Bradesco (BBD4) e o Banco do Brasil (BBAS3). Espera-se que haja homologação do plano em até 40 dias, segundo o presidente-executivo, Renato Franklin. 

Ao BP Money, Bruno Corano, economista e investidor da Corano Capital, destaca que o setor de varejo e de eletrodomésticos vem há alguns anos operando com “margens estreitas”, no país. Seja por diversos fatores, que variam dos impactos da pandemia, crise no mercado de chip, à cenário macroeconômico. 

“Se isso não bastasse, com a oscilação de demanda e com a necessidade de financiamento e caixa, em razão dos altos estoques e de uma operação muito onerosa, essas empresas contraíram dívidas”, explica Corano.


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